...faço minhas as palavras de Pedro Magalhães:
"É fascinante, e também algo deprimente. E note-se: dá à comunicação social - para já não falar dos institutos de sondagens - um poder sobre a vida do partido que, enfim, é capaz de ir um bocado para além do saudável."
Mas, claro está, credibilidade é achar que os militantes apenas servem para ratificar sondagens.
...fica marcada por Pedro Passos Coelho e a Venezuela, e não pelo cigarro do PM ou pelo jantar de Pinto da Costa na AR. Saudável perspectiva. Aqui deixo os excertos que mais dizem respeito ao futuro líder do PSD:
Um candidato credível e preparado para o maior partido da oposição (...)
Pedro Passos Coelho deu excelentes entrevistas e mostrou que o PSD cometerá um disparate dos antigos se o trocar por uma hesitante repetente que ainda crê que as camisolas ganham jogos (...)
(...) o completo banho de Passos Coelho à concorrência, passando primeiro o outro Pedro, que ficou a barafustar lá atrás, e batendo-se agora com o cromo mais custoso do PSD(...)
Até agora, quem seguisse as directas do PSD apenas pela comunicação social vivia num reino imaginário em que Manuela Ferreira Leite tinha a eleição garantida, em que Pedro Santana Lopes aparecia como o mais temível adversário da candidata do establishment, e Pedro Passos Coelho era simpaticamente remetido para um futuro nebuloso... Mas este fim-de-semana, soou o wake-up call relativamente às directas do PSD na comunicação social.
No Expresso, na página ao lado da entrevista de Pedro Passos Coelho vinha um artigo de surreal desinformação, onde mesmo assim não foi possível escamotear a preocupação da corte de Manuela Ferreira Leite face a uma disputa que julgava poder ganhar por direito divino. O Público, hoje, mostrou ser muito mais realista do que o venerável semanário do Dr. Balsemão acerca da relação de forças entre os candidatos, como se pode ler aqui. E até Marcelo Rebelo de Sousa, confesso apoiante de Manuela Ferreira Leite, também já despertou para o facto de Pedro Passos Coelho ser o mais forte concorrente da candidata pela qual faz semanalmente campanha.
Agora que já acordaram para a realidade, talvez os analistas e os comentadores comecem a levar um pouco mais a sério o que se está a passar no PSD. Talvez comecem a pensar melhor no que poderá ser o PSD liderado por Pedro Passos Coelho. Talvez comecem a reflectir sobre o que poderá ser o panorama político em 2009 após um ano de liderança de Pedro Passos Coelho. E talvez comecem a surpreender-se com a amplitude da revisão de expectativas que estas eleições directas podem representar para o País...
O futuro é agora.
Portugal está a entrar no sétimo ano de uma crise sem fim à vista. O desemprego aumenta, o poder de compra das famílias diminui, e as contas do Estado só se vão equilibrando à custa de uma pressão fiscal asfixiante. Portugal converge a todo o vapor com o fundo da tabela europeia. E cada vez é mais certo
E no entanto... no entanto, há excelentes exemplos de sucesso made in Portugal. Empresas portuguesas capazes de vender os seus produtos para o Mundo inteiro, marcas portuguesas que se impõem como referenciais de qualidade internacional, profissionais portugueses que brilham nas multinacionais que os empregam.
Não tenho dúvidas de que é possível vencer a crise. Não nos falta nem inteligência, nem determinação, nem capacidade de trabalho. Da minha experiência como político e como gestor, concluí que a Portugal e aos portugueses falta sobretudo mais capacidade de passar das palavras aos actos.
Se queremos ultrapassar este bloqueio, é fundamental que abandonemos a mentalidade que vê no Estado o motor do desenvolvimento económico. O Estado não vê tudo, nem dá resposta a tudo. Enquanto esperamos pelo impulso do Estado, muito tempo passa, muitas oportunidades se perdem... e muitos elefantes brancos se constroem. A verdade é que o motor do desenvolvimento são e serão cada vez mais as empresas e todos aqueles que nelas trabalham.
Para vencer a crise em que se encontra, Portugal não pode dispensar a vontade e a criatividade dos portugueses. No entanto, o Governo parece apostado em entravar essa vontade de vencer, em coarctar o fluir da inovação com burocracias e regulamentos, em açambarcar a capacidade de investimento privado para projectos de duvidosa rentabilidade e benefício social.
É preciso reconhecer que muitos se adaptaram ao actual estado de coisas. Todos aqueles que ao longo dos anos aprenderam a dominar o labirinto burocrático e político instalado não querem abrir mão do que pensam ser uma vantagem competitiva. Mas essa vantagem, no fim de contas, é uma ilusão, e uma ilusão que custa caro ao País.
A emancipação da sociedade civil e o reconhecimento pleno do papel dos privados no desenvolvimento económico e social do país é portanto uma prioridade fundamental. Para a concretizar, precisamos de um acordo alargado na sociedade portuguesa sobre o que devemos esperar do Estado.
Candidato-me à liderança do PSD porque estou convicto que é urgente iniciar este caminho. A campanha que agora se inicia, a pouco mais de um ano de eleições, é uma oportunidade única para colocar o País a discutir o que quer para o seu futuro. Só o PSD pode encarnar em 2009 uma alternativa ao actual rumo de desesperança e resignação. Por isso desejo que esta campanha envolva não apenas os militantes, não apenas os simpatizantes, mas todos os portugueses. O futuro é agora.
Pedro Passos Coelho
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
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