Só Deus sabe - e os leitores deste blog adivinham - o quanto eu considero a candidatura de Manuela Ferreira Leite à presidência do PSD um lamentável equívoco. Um equívoco para ela, um equívoco para o PSD, e um equívoco para o País.
Devo dizer que nada me move contra a candidata. Aliás, há pouco mais de um ano - alguns leitores deste blog estarão recordados - numa sessão organizada pelas secções E, H e Oriental de Lisboa em que Manuela Ferreira Leite era a oradora convidada, fui eu o primeiro militante a levantar-me e a falar, para apelar à sua candidatura à Câmara de Lisboa. Fui o primeiro de muitos que lhe lançaram esse apelo. E se as circunstâncias se repetissem hoje, voltaria a ser o primeiro, por considerar que o seu perfil se ajustava às necessidades da função e às expectativas do eleitorado.
Mas nunca me passaria pela cabeça apoiar Manuela Ferreira Leite para líder do PSD e candidata a Primeiro-Ministro. Desde logo porque o seu perfil não se ajusta às necessidades do cargo nem às expectativas do eleitorado. Mas sobretudo porque ela simplesmente não tem o estofo de que são feitos os líderes e os Primeiros-Ministros. Falta-lhe o horizonte, falta-lhe a abrangência intelectual, falta-lhe o projecto de futuro.
Isto não quer dizer que Manuela Ferreira Leite não seja uma militante estimável, que já deu muito e que muito ainda poderá contribuir para o PSD. Com certeza que é. Justamente por isso, o que me deixa perplexo é como é que ela se deixou empurrar para esta embrulhada...
AAN
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LR
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