Sobre o pagamento das dívidas a fornecedores do Estado, Manuela Ferreira Leite tem esta tirada fantástica: devem-se pagar, mas para isso não é preciso emitir dívida publica, basta inscrevê-las no Orçamento de Estado.
Ficamos assim a saber que:
a) MFL acredita nas virtudes mágicas da inscrição orçamental. Inscreve-se a despesa, e o dinheiro aparece;
b) MFL quer atirar o pagamento das dívidas que estão já atrasadas neste momento para o próximo ano. Afinal, o Estado é pessoa de bem por definição, logo não precisa de se comportar como tal, não é verdade?
c) Para MFL, uma proposta que se defende quando vem do PS - António Costa e o seu empréstimo da CML - já não é válida quando provém de um candidato à liderança do PSD.
Esclarecedor... não?
Ouvi muito dizer, nos últimos dias, que propor a baixa de um imposto sem dizer onde se compensa no aumento da receita é demagógico. As coisas são naturalmente um pouco mais complexas. Mas quem defende tal posição convirá certamente que, a fortiori, propor o aumento da despesa sem dizer onde se compensa no aumento da receita é igualmente demagógico.
Quererá isto dizer que Manuela Ferreira Leite foi demagógica quando disse que o problema dos combustíveis não devia ser abordado do lado fiscal, mas sim pelo lado da despesa, sem especificar como financiaria os apoios que propõe?
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
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Impressões de um boticário de província