Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
João Miranda, em resposta a Bruno Alves, sobre o partido autárquico e a agenda reformista e liberal (bolds meus):
Bem ou mal, o partido autárquico tem o mérito de conseguir manter vivos centros políticos de pode fora de Lisboa. Os interesses do partido autárquico são interesses reais de pessoas reais. Devem-se a factos políticos reais. Resultam de problemas que constituem entraves reais ao desenvolvimento do país. Lembro que no país ainda vivem pessoas que nada vão ganhar com o aeroporto de Alcochete, a nova ponte sobre o Tejo, o túnel de Alcântara e o TGV. Isso constitui um problema e um desafio para qualquer agenda “liberal e reformista”. Aliás, não consigo imaginar uma lista de problemas que uma agenda “liberal e reformista” deve resolver em que o problema do centralismo não esteja no topo.
De
TAF a 10 de Maio de 2008 às 00:13
Meu caro, parece que não consegui fazer-me entender. O que eu digo não é que Fernando Ruas é um "expoente de modernidade", mas sim um exemplo do tipo de pessoas com quem PPC (ou qualquer outro líder) terá que trabalhar. Portugal não é feito de agente assim, quer queira quer não. Haverá uns melhores e outros piores, mas é com os que "conseguiram levar o país ao sexto lugar da tabela da Europa, a contar de baixo".
Qual é a sua sugestão alternativa? Romper com estes e contar com quem? Suecos, finlandeses, chineses? Se existe gente muito melhor, por que razão não aparece? Por que não vai à luta, como foi PPC? Se calhar, muita dessa "gente melhor" está precisamente com PPC e não quer afastar ninguém, mas sim produzir bons resultados com todos ("modernos" ou "retrógrados"), adequadamente liderados.
De Luis Serpa a 11 de Maio de 2008 às 00:27
Caro Tiago Fernandes,
Deve ter mais que fazer do que debater com um céptico (melhor seria "ceptizado"). Podia dizer-lhe toda uma série de coisas, mas nenhuma delas seria novidade para si e não valeria a pena.
Já o seu desafio à "luta" tem que se lhe diga. Porque eu luto, todos os dias: contra a grotesca burocracia portuguesa na minha área de actividade; contra os asfixiantes, mortais, prazos de pagamento do Estado português; contra a esquizofrénica, demente dicotomia que há em Portugal entre aquilo que diz o Governo e o que a administração faz; contra a paralisante mania daqueles a que você chama "elite" de julgar um projecto pelo nome da pessoa que o apresenta e não pelo projecto ele mesmo; e, agora, luto (se me permite a hipérbole) contra aquilo que a APL quer fazer em Alcântara, e contra a forma como o está a fazer (mas isto é outra história).
Enfim, forçoso é reconhecer que se Pedro Passos Coelho fôr eleito temos um ano pela frente para ver como consegue fazer sopas novas com panelas velhas. Os outros, já os vimos todos.
Cordialmente,
Luis Serpa
Comentar post