Quarta-feira, 7 de Maio de 2008
Brown, Cameron, Passos Coelho, etc. (excerto)
(...) É por isso que é difícil de entender os motivos que levam tanta gente a querer pôr uma cruz por cima da candidatura de Pedro Passos Coelho, olhada pelas elites do PSD como se fosse uma espécie de "pecado", uma aberração incómoda que não pediu autorização para existir. Que é muito jovem, que nunca foi membro de nenhum Governo, que não reivindica nenhum "ismo", que andou a trabalhar não sei aonde, que... Por idênticos critérios nem Cameron, nem Blair nem Zapatero teriam chegado onde chegaram. Os seus currículos também não eram particularmente impressionantes. O que significaram, cada um deles à sua maneira, foi uma ruptura com o estado das coisas.Pedro Passos Coelho tem arcaboiço intelectual e psíquico para ser líder? Não sei e isso só se saberá se lhe derem uma oportunidade. Quer privatizar a Caixa Geral de Depósitos? Barroso também queria. É mais liberal que as elites social-conservadores PSD ou que as elites social-liberais do PS? Pelo menos abre a possibilidade de escolha. Propõem coisas que o "centrão político" (ou dos interesses) não aprecia? Tanto melhor. Haverá mais escolha e mais transparência.Qual é a alternativa? Para além da função de "controlo de danos" de Ferreira Leite, sobra no PSD um estranho jogo de sombras em torno da hipotética chegada de um qualquer D. Sebastião que lhe há-de restituir o poder. Pouco importa o que pensará ou a que virá.
Aliás, a última grande vantagem de Passos Coelho é essa: a da transparência.Teresa de Sousa, no Público de hoje (link disponível para assinantes).
De
TAF a 7 de Maio de 2008 às 14:14
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