Sexta-feira, 2 de Maio de 2008

Ler a Carta de Valores (2)

O futuro é agoraDefendi aqui que a carta de valores devia ser lida, e levada a sério. Embora não ache mal que haja quem a leve para a brincadeira, vou tentar elaborar um pouco sobre a importância dessa leitura.

Um político que afirma os valores pelos quais se guia, preto no branco,  está a expôr-se a um escrutínio muito mais apertado do que aquele que apenas faz promessas. Porque fugir às promessas é simples: basta dizer que "não era promessa, era objectivo"; ou noutro registo, "não fazia ideia que a situação era tão má antes de ser eleito!" Rings a bell?

Pedro Passos Coelho não foi por aí. Isto não quer dizer que ele não venha, a seu tempo, a propôr medidas concretas para o País: terá que o fazer. Mas começou por referenciar a sua acção a um quadro de valores. E isso faz toda a diferença.

A partir de agora, cada um de nós poderá olhar para as suas acções e pensar: como é que esta medida aparece à luz do valor da pessoa? Como é que esta atitude se coaduna com o valor da liberdade? Como é que esta proposta permite concretizar o valor da mudança? etc.

Em nome do valor da verdade, Pedro Passos Coelho atravessou-se. E é também por isso que merece a nossa confiança.
publicado por Vasco Campilho às 15:59
link do post | comentar | ver comentários (5) | favorito

O seu a seu dono

Afinal não fomos os primeiros a entrar na blogosfera (via atlântico).
tags:
publicado por O futuro é agora às 14:46
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Entrevista ao JN

Pedro Passos Coelho deu uma entrevista ao JN que aconselho vivamente a ler na  íntegra. Posto isto, deixo aqui alguns excertos especificamente sobre as questões que mais têm agitado a blogosfera relativamente à sua candidatura.


Papel do Estado


Defendo um Estado forte e digno que não dependa dos privados para exercer a sua função, leia-se negociação das parcerias público-privadas, por exemplo na área da saúde. O primeiro-ministro vem dizer que o Estado não tem competência para fazer negociação com os privados e que portanto não se fazem...

Já estavam lançadas quatro.

Mas houve um recuo. Ora, acho que o Estado deve ter competência para negociar com os privados. E não o pode fazer de uma forma que lance dúvidas sobre a sua independência. Defendo, por isso, o reforço do Estado na sua função reguladora, séria e autónoma face aos privados. Em segundo lugar acho que o Estado precisa de se retirar da economia. Quem cria a riqueza não é o Estado, são as empresas e os indivíduos e nós devemos criar um horizonte muito bem definido de alienação, de retirada do Estado da economia.



Liberdade

Coloca-se como liberal. A liberdade maior tem como consequência maior risco. Acha que os portugueses estão preparados?

Dar mais liberdade implica também dar mais responsabilidade às pessoas. Se queremos que as pessoas sejam mais livres de decidir, temos também de as responsabilizar. Um exemplo. Este Governo fez uma reforma ao nível das pensões que é de saudar. Mas não mexeu no modelo de financiamento. Não apostamos na capitalização. Temos de fazer esse salto qualitativo. Claro que isto envolve risco. Se eu disser que o Estado garantirá sempre no futuro a solução, quer as pessoas tenham poupanças, quer as pessoas não tenham, estou a promover não uma escolha livre, mas uma escolha sem responsabilidade. Acho que esta pedagogia tem de ser feita.

Transponha para a área económica. Aceita maior flexibilidade ao nível do emprego e do despedimento?

Acho indispensável. Temos de caminhar para uma maior flexibilidade das regras laborais. Há que vencer dois mitos. O do despedimento massivo - flexibilizar as regras laborais não significa permitir o despedimento massivo porque as empresas precisam de trabalhadores; a ideia de que as pessoas têm empregos para a vida inteira. Isso não existe, é um anacronismo claro.



Direita e Esquerda

O PSD nunca escondeu que defendia uma social-democracia à portuguesa. Definiu-se sempre como reformista, pela Europa e pela economia de mercado. Esta é a história do PSD. O PS demorou muitos anos a perceber que a área pública era essencial para a definição das regras sociais, mas que não podia ser um peso para a sociedade. E o PSD esteve sempre à frente, a puxar para a economia de mercado. Isto é ser de direita ou ser de esquerda?

A esquerda dirá que é ser de direita.

E eu direi que em muitos sentidos isto foi feito contra a estatização mas pela libertação da sociedade civil. Isto é uma ideia de direita? Querem colocar a libertação da sociedade civil à direita? Julgo que não. Conheço muita direita centralista e estatizante e conheço muita esquerda conservadora.



Pacto de Silêncio

Espero que a seguir à eleição directa e ao congresso haja condições para a união do PSD, mas tenho dito que a união não quer dizer unanimismo. É útil que as pessoas saibam que dentro dos partidos há correntes de pensamento, de estratégia alternativas. Os que perderem não precisam de se envergonhar daquilo que pensam, pelo contrário, devem manter a sua observação. Não exijo uma unanimidade de opiniões nem exigirei o silenciamento de ninguém.

publicado por Vasco Campilho às 12:48
link do post | comentar | ver comentários (4) | favorito

Mais blogs a falar de nós...

...e outros haverá, certamente, que nos escapam. Mas não hesitaremos a publicar os links que nos forem enviados, porque a gratidão que sentimos é igual para todos!

Apdeites 2
Arcádia
Aquecimento Local
BlogOperatório
Bolonhado
Branco
Café da Insónia
A causa foi modificada
Conversas da Avó
Da Literatura
Desesperada Esperança
Humberto Neves
Intervenção Maia
marcohoje
Mas certamente que sim!
Miguel Moreira
PALAVROSSAVRVS REX
Papel Pedra Tesoura
Tonibler
Vila Forte
tags:
publicado por O futuro é agora às 11:10
link do post | comentar | favorito

...

Caro Bruno, não pretendi ofender ou maltratar o seu pensamento. Não era essa a intenção, evidentemente, e não queria que o entendesse dessa forma.

Purismos à parte, gostaria apenas de explicar as duas razões pelas quais me senti impelido a escrever o post em causa. Em primeiro lugar, estou convencido que a postura do comentador não se adapta à função do político numa sociedade democrática. É a tal velha questão weberiana da ética da convicção vs. ética da responsabilidade. Em segundo lugar, tenho uma já antiga implicação com os comportamentos, digamos, self-defeating de muita da blogosfera liberal portuguesa, que não ajudam essa corrente de ideias a implantar-se mais solidamente no panorama político nacional.

Devo dizer que interpretei a sua dúvida sobre Pedro Passos Coelho justamente à luz dessa convicção e dessa implicação. Admito que erradamente. Sobre o fundo da questão, quem o esclarecerá melhor não serei eu, será o próprio candidato:

Não teme ser colado ao “menezismo”?

Aceito de muito bom grado apoios de todas as pessoas que concordarem com o que digo e com o que proponho. Espero que muitas das pessoas que apresentaram uma solução que eu critiquei e que não apoiei possam votar em mim hoje. Mas quererem transformar-me de um dia para o outro no herdeiro do dr. Luís Filipe Menezes é que me parece um absurdo tal que não merece mais comentários.

publicado por Vasco Campilho às 10:35
link do post | comentar | favorito

Wrong target

Caro Maradona, quem costuma organizar reuniões no Villa Rica está a apoiar outra candidatura... Nós por cá estávamos todos a ver o jogo!
publicado por Vasco Campilho às 09:59
link do post | comentar | favorito

Esquerda e Direita



A questão que se põe hoje ao PSD não é entre esquerda e direita, é entre o passado e o futuro.
publicado por Afonso Azevedo Neves às 09:34
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Questões de Pureza e de Convicção

Caro Bruno Alves, permita-me que me intrometa na troca de argumentos em curso. Compreendo a sua preocupação com o apoio Menezista a Pedro Passos Coelho (PPC). O Bruno receia que a agenda política de PPC se torne refém dos apoios que o sustentam. Não sendo impossível, evidentemente, todavia os seus receios parecem-me infundados. Explico-me. Se houvesse uma espécie de criticómetro sobre a liderança de Luís Filipe Menezes nos últimos seis meses, PPC surgiria seguramente nos primeiros lugares. Ou seja, em momento algum PPC actuou, nos últimos seis meses, de forma deliberada, com o intuito de recolher apoios entre Menezistas para o day after que, lembre-se, ninguém sabia quando ocorreria. Mais. PPC avançou com a sua candidatura sem esperar pelos apoios de ninguém, Menezistas incluídos. Isto não o tranquiliza?

Parece-me que o Bruno só começaria a ficar tranquilo se PPC rejeitasse ostensivamente todo e qualquer apoio oriundo de militantes do PSD que tivessem ocupado posições de responsabilidade partidária na equipa de Menezes nos últimos seis meses. Mas isso, aparentemente, não seria suficiente. PPC teria também de rejeitar o apoio de qualquer pessoa que tivesse laços familiares com Menezes. Interrogo-me como é que com esta abordagem seria possível pacificar o PSD a seguir às directas, mas essa é outra questão.

Isto dito, não sejamos ingénuos: é óbvio que houve contactos entre a candidatura de PPC e a direcção de Menezes. Acontece que, a não ser que o Bruno tenha informação confidencial, não tenho nenhuma razão para pensar que isso condicionou a agenda política de PPC.

O raciocínio, aliás, é válido também para Manuela Ferreira Leite. (Bem sei que o Bruno neste caso não mostrou igual preocupação. Por vezes acaba por se ser mais severo com quem se apoia ou com quem se sente afinidade.) O apoio que Ferreira Leite tem de inúmeros membros do antigo Governo de Pedro Santana Lopes, de António Preto, ou de Helena Lopes da Costa não lhe retira seguramente um milímetro de independência na sua agenda política.

publicado por Paulo Gorjão às 03:49
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Política 2.0

Gaivota na Avenida dos Aliados - Porto

O Bruno Alves, com prudente preocupação e em resposta ao Vasco Campilho, interroga-se no Insurgente sobre a capacidade do PPC perceber "a alhada em que se está a meter". Eu partilho de alguma dessa preocupação, mas estou muitíssimo mais confiante na capacidade do PSD resolver esse problema.

E porquê? Porque a atitude é agora totalmente diferente: em vez de se fechar sobre si próprio, tomando decisões "cozinhadas" apenas internamente, um PSD com futuro é um partido que em permanência mantém debate aberto à sociedade civil. Uma "política open source", como método levado a sério também dentro do partido, resolve a maior parte dos vícios que afligem o Bruno Alves. Tal e qual como no software. Tudo o que é feito às claras é mais transparente, tudo o que é analisado e comentado por muitos tem mais qualidade. O facto de os processos de decisão serem mais participativos gera um feedback positivo em termos de envolvimento dos militantes e simpatizantes, sejam eles ilustres desconhecidos ou conceituados especialistas. São mais cabeças a pensar, são mais ideias que aparecem, são principalmente muitas asneiras que se evitam. MFL e PSL perceberão isto?

PS - Boa entrevista de Pedro Passos Coelho ao JN: um e dois. Com alguns pontos que merecem discussão. ;-)
publicado por TAF às 01:01
link do post | comentar | favorito
Quinta-feira, 1 de Maio de 2008

O Futuro

Andar pela grande Feira do Sul - a Ovibeja - tem-me dado a oportunidade de (re)encontrar companheiros do Partido onde milito desde 1979.

Obviamente que a situação interna do PSD é aflorada e confrontamos as nossas escolhas para a liderança.

Sendo conhecido e público o meu apoio a Pedro Passos Coelho, não perco tempo em apresentações, preferindo ouvir os argumentos de quem tem outras opções.

Curiosamente, há uma quase unanimidade em considerar  PPC como credível e  consistente nas suas propostas. Não ouço críticas nem referências negativas.

Há, porém, quem prefira um(a) líder com mais idade pois, dizem, esse factor pode dar a vitória ao PSD em 2009 ou, pelo menos, retirar uma maioria absoluta ao PS.

Contraponho: como é possível construir o futuro se continuamos agarrados a preconceitos conservadores? Como é possível ser-se razoável na escolha de um Primeiro-Ministro se se atender em exclusivo à sua idade e/ou experiência governamental?

E argumento: tenho duas filhas menores e o que mais lhes desejo é que possam sonhar com o Futuro. E essa é a nossa tarefa: construir agora o futuro.

Como se diz nesta campanha: o Futuro é Agora.

 

Nota: inicio hoje a minha colaboração neste blog de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho. Resido em Beja, território hostil às cores do PSD. A tradicional rejeição às propostas do meu Partido pode, também agora, mudar o rumo. Para isso necessitamos de um PSD credível. Acredito que, também aqui, PPC será a voz da mudança. A voz do futuro. 

 

João Espinho

publicado por jota ce às 23:45
link do post | comentar | favorito

Lido no 4R

Pelo menos a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD afirma-se com a clarividente noção de que não é a discutir pessoas que o partido reganha crédito. É a discutir políticas. Políticas capazes de virar a página e de oferecer ao País uma real alternativa a este navegar sem rumo, à espera de que aconteça a salvação de um milagre económico. Suceda o que suceder nas eleições para a liderança do PSD julgo que a Passos Coelho se pode atribuir o indiscutível mérito de querer levar o partido a discutir-se, mas com os olhos postos no País.
publicado por O futuro é agora às 20:57
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Um PSD respeitável? E eu que pensava que o PSD era um partido ambicioso.

A ler: Pedro Lomba no DN.

publicado por Vasco Campilho às 20:01
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

o que pretende o psd?

Muito por culpa de Mário Soares, que sempre soube defender eximiamente o seu espaço eleitoral, gerou-se a convicção de que em Portugal só se ganham eleições ao centro. Para o PS isto é conveniente, na medida em que jamais poderá dizer que pretende ir buscar votos à direita, embora necessite deles para ganhar eleições. Por isso, o centro é, para o Partido Socialista, não só o seu espaço natural como o espaço do PSD, onde ele entra sempre que pode.

 

Para o PSD, que infelizmente se deixou cair nesta ratoeira, pelo menos, desde o fim do cavaquismo, esta é uma péssima opção. Na verdade, ao não diferenciar claramente a mensagem política da do Partido Socialista, não consegue competir com este partido num espaço que não deveria ser verdadeiramente o seu. O PSD é, hoje, como o tem sido nos últimos anos, um partido defensor do Estado Social, que se limita a disputar com o PS as «melhores» políticas para o viabilizar. Verdadeiramente, o PSD deixou há muito de ser um partido reformista e liberal.

 

Ora, o PSD só foi capaz de conquistar o poder quando fugiu ao «centrão». Foi assim com Francisco Sá Carneiro, que não hesitou em demarcar o seu projecto político do socialismo, criando um grande bloco eleitoral de direita (a Aliança Democrática), e com Aníbal Cavaco Silva que subiu ao poder contra o governo do Bloco Central (PS-PSD). Quando pôs em causa a reforma agrária, as nacionalizações, a economia planificada, enfim, o socialismo.

 

È, pois, chegada a hora do PSD esclarecer o eleitorado se pretende continuar a ser um partido reformador do Estado Social, mantendo-o, ou se prefere mudar esse paradigma. Concretamente, para um modelo liberal de organização política, que redimensione as funções do Estado, diminuindo-o drasticamente, devolvendo à sociedade civil, aos indivíduos e às empresas privadas, as funções que retirará ao Estado. Tem, contudo, que esclarecer, antes das eleições, o que quer manter no Estado, o que lhe retirará e o que devolverá à sociedade, como e quando.

 

Por parte do Partido Socialista de José Sócrates o modelo político é claro. É o da defesa do Estado Social, reformando-o e tornando-o mais eficaz, se preciso for (e é-o sempre), diminuindo as garantias, os direitos e as liberdades dos cidadãos. O governo em funções representa exemplarmente este paradigma: não reduziu nenhuma das funções do Estado, ampliou-as até, limitando-se a melhorar o seu funcionamento. Mas não o reformou efectivamente, menos ainda o transformou.

 

Resta, assim, saber se o PSD quer continuar a competir com o PS no espaço que naturalmente pertence a este partido, ou se prefere afirmar o seu próprio projecto político, que passará necessariamente por uma outra visão do Estado. Tradicionalmente, na Europa e no Mundo, existem dois grandes partidos políticos de alternância governativa: um socialista e um conservador/liberal. O que o PSD tem, no fim de contas, de esclarecer, é se quer voltar a ocupar o seu espaço natural, ou se prefere continuar a ser um fraco simulacro do partido do actual primeiro-ministro.


 

RA

publicado por catalaxianet às 19:24
link do post | comentar | ver comentários (6) | favorito

Argumentos desprezíveis

Se há coisa que se dispensa numa campanha, é a utilização de argumentários a partir do nível etário dos candidatos, da sua experiência ou falta dela. É tão criticável rejeitar PPC pela sua juventude, como MFL pela sua idade. Assim como não releva a falta de experiência de um ou o propalado grande traquejo de outros.

Sobre este tema, PPC já se "socorreu" dos espanhóis Gonzalez e Aznar como exemplos de 2 figuras que se guindaram, ainda "jovens" e sem experiência, a chefes de governos, onde tiveram um percurso marcante. Mas bastaria olhar para dentro do PSD:

  • Sá Carneiro conquistou a sua 1ª maioria absoluta em 1979. Tinha então exactamente a mesma idade - 45 anos - que terá PPC em 2009. Quanto a experiência, escassas semanas como assessor no governo Palma Carlos, algum traquejo parlamentar e gestão sempre turbulenta dos conflitos inter e intra partidários. Não teve tempo de deixar obra, mas o seu génio político e a morte com a carreira em ascensão criaram um mito.
  • Cavaco Silva tinha 46 anos quando ganhou a sua 1ª eleição em 1985. Experiência partidária quase nula, cerca de um ano como ministro das finanças em que fez "pedagogia" na implementação de uma política eleitoralista. As poucas reformas relevantes da III República têm a marca dos seus governos.
  • Durão Barroso tinha igualmente 46 anos quando venceu as legislativas de 2002. Trazia consigo 10 anos de experiência governativa. Abandonou o governo e não deixou saudades.
  • Santana Lopes tinha 48 anos quando ocupou o lugar deixado vago pela "fuga" de Durão Barroso. Atrás de si, uma aura de invencibilidade e quase 30 anos de rica e diversificada experiência: parlamentar, governativa, autárquica, empresarial, até nos futebóis. Com a preciosa ajuda de Sampaio, conduziu o PSD à derrota mais vergonhosa de sempre.
  • Emídio Guerreiro já tinha 75 anos quando em 1975, por doença de Sá Carneiro, lhe caiu nos braços um partido recém-criado. Hoje, há quem defenda que a sobrevivência do PSD ao período mais crítico do PREC deve-se em grande parte à sua fibra e coragem de combatente, a pedir meças a muitos jovens de então.

Em abono dos "anciãos", refira-se ainda que MFL será em 2009 mais nova do que era Reagan quando conquistou a presidência americana em 1980, com os seus "viçosos" 69 anos.

Afigura-se-me portanto que o eleitorado é clarividente q.b. e ignora por regra detalhes irrelevantes como a idade e a experiência dos candidatos. Muito racionalmente, o eleitor menoriza as glórias passadas - veja-se a derrota de Churchill depois de ter vencido a guerra - e privilegia as propostas de futuro que os candidatos lhe apresentam.

Ou seja, releva sobretudo a consistência de um projecto político e a sua conformidade com os anseios dos destinatários. Projecto que PPC tem e os outros candidatos não.

publicado por LR às 18:40
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

A Legitimidade

A legitimidade do vencedor não deverá ser diminuída caso não consiga ultrapassar os 50% dos votos, referiu hoje Pedro Passos Coelho, reagindo às declarações de ontem de Alberto João Jardim.

Evidentemente. Nada como falar claro na altura própria.

publicado por Paulo Gorjão às 15:51
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

TOP 25

3 dias depois de ter sido criado, O futuro é agora entrou para o Top 25 da blogosfera portuguesa: aparecemos em 24° lugar no blogómetro.

Parabéns a todos os colaboradores, e obrigado a todos os leitores pela atenção que nos têm dado. A vossa adesão cada vez mais nos convence de que o futuro é mesmo agora!
tags:
publicado por O futuro é agora às 15:41
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

«A única oposição possível é a liberal»

«(...) Muito pouca gente se pergunta se não era possível não apenas fazer melhor, mas fazer muito diferente e se essa diferença faz, afinal, toda a diferença. Banhados em milhares horas de circo e gladiadores, na anomia generalizada de todos a fazerem a sua vidinha como se nada fosse, e no escapismo, who cares?
(...)

Pode-se, sobre o governo Sócrates, fazer dois tipos de críticas: ou dizer que faz bem mas faz pouco (que é a linha que de alguma maneira a própria Manuela Ferreira Leite sugeriu no congresso do PSD); ou entender que o que é necessário é fazer de outro modo, muito diferente. Só haverá verdadeira oposição quando se combinarem os dois termos, com preponderância do segundo.
(...)

O que Sócrates tem feito é defrontar a crise do Estado-providência propondo remédios que atrasam o seu colapso. Não o põe em causa, nem contesta a sua forma, concorda com ele por razões ideológicas. Várias vezes afirmou que essas medidas de austeridade têm como objectivo último garantir a "segurança social" para os portugueses e, com uma oposição que não contesta o essencial da sua atitude, faz o mal e a caramunha, ou seja, governa como governaram Barroso e Lopes e, mesmo aos olhos de muitos opositores do PS, com a vantagem de o fazer melhor do que os seus imediatos antecessores sociais-democratas.
(...)

O que significa que a única oposição possível é a liberal. Sem este tipo de oposição, não há oposição a não ser a comunista e a do BE, que é uma variante da comunista. Só uma oposição liberal reformista e moderada pode mudar este estado de coisas. O consenso acéfalo dos dias de hoje é favorecido pela inexistência ou debilidade desta oposição.»

«A única oposição possível é a liberal», José Pacheco Pereira (Público, 29.6.2006).

publicado por Paulo Gorjão às 15:41
link do post | comentar | ver comentários (12) | favorito

Direita e Esquerda

Sobre este assunto o Paulo Gorjão disse o que havia a dizer bem melhor do que eu alguma vez o faria (acontece vezes demais, hélàs!). Se ainda assim me aventuro nele de novo, é só para dar algum troco ao que diz Manuel Pinheiro aqui:

O Vasco Campilho esforça aqui uma possível defesa, alegando que "ao recusar posicionar-se na dicotomia esquerda/direita, Pedro Passos Coelho reconhece que essa dicotomia diz pouco aos portugueses". Talvez diga, talvez não, há certamente muita coisa que diz pouco aos portugueses, muita dela estudada e documentada no Eurostat ou na OCDE, e olhe que não é para especial contentamento.

Manuel, não é talvez. De facto a dicotomia esquerda/direita tem pouca ou nenhuma relevância no panorama político português, como pode comprovar se se referir aos estudos empíricos publicados por Carlos Jalali no seu instant classic Partidos e Democracia em Portugal 1974-2005. São muito reveladores os quadros sobre a saliência de clivagem nas diferentes eleições legislativas. Mas o que eu mais gostei foi aquele gráfico em que se mostra a inexistência de correlação entre o auto-posicionamento dos eleitores numa escala esquerda-direita e as respostas sobre o peso do Estado na economia...
publicado por Vasco Campilho às 15:02
link do post | comentar | favorito

Críticas

Paulo Pinto Mascarenhas interroga-se sobre se Pedro Passos Coelho não devia "estar a criticar a política financeira de Teixeira dos Santos" em vez de criticar "a obsessão do défice que existe desde 2002".

Mas como é que um político que se comprometeu com a verdade poderia escamotear que esse caminho "não pode ser imputado estritamente ao PS", e que "nós também já cometemos esse erro"?
publicado por Vasco Campilho às 14:48
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito

Non-denial denial

Negando que alguma vez vá "atirar a toalha ao chão," Manuela Ferreira Leite acaba por assegurar que o vai fazer.

Os militantes do PSD não querem  ter mais uma eleição em 2009, nem escolher para Presidente quem esteja já pronto a renunciar à responsabilidade de liderar o Partido na batalha das legislativas. Os militantes do PSD querem decidir o futuro. Agora.
publicado por Vasco Campilho às 14:35
link do post | comentar | favorito

Se uma das regras é falarmos verdade...

Hoje, na Foz do Douro

... permitam-me uma crítica ao que aqui está escrito porque acho que sai fora do espírito desejável para a candidatura (e também porque a capacidade de auto-crítica, sem complexos, é em si mesmo um factor diferenciador positivo). Tal como comentei n'A Baixa do Porto a respeito da necessidade de protagonistas para o Porto e para o Norte, não faz sentido depois de se ouvir Barack Obama proclamar "we are the ones we are looking for", vir dizer que "o PSD tem que encontrar o seu Obama."...  ;-)

Nós precisamos apenas de nós próprios. Pedro Passos Coelho é um de nós.
publicado por TAF às 03:05
link do post | comentar | ver comentários (3) | favorito

Rumo e Alternativa

«Sou reformista e liberal, não sou de direita nem de esquerda. Sou solidário porque acredito que a sociedade não pode ser a lei do mais forte», disse Pedro Passos Coelho (DN, 30.4.2008).

.

Esta declaração de Pedro Passos Coelho, pelo que percebo, tem dado lugar a alguns comentários críticos, na medida em que, supostamente, revelaria alguma falta de coragem em se assumir como sendo de direita. De duas, uma: ou se trata de má-fé -- e nesse caso nem vale a pena perder mais tempo --, ou de incompreensão.

Pedro Passos Coelho, de forma deliberada, rejeitou uma determinada matriz de posicionamento a favor de outra. Refira-se que nem está a dizer nada de outro mundo. Socorro-me de uma entrevista de José Pacheco Pereira: «O que se mistura num mesmo político são tradições de esquerda e direita muito diferentes. A esquerda/direita como instrumento é muito pobre. Posso dizer que algumas ideias que defendo têm uma tradição à direita e outras têm uma tradição à esquerda. Sou capaz de identificar as tradições. Mas não interessa ter uma posição sistemática, organizar todas as minhas ideias em função da tradição da esquerda ou da tradição da direita. Hoje há distinções mais importantes do que a da esquerda/direita. São de outra natureza. Por exemplo: é mais importante a liberdade individual ou a segurança colectiva?» (DE, 24.8.2007).

Reformista e liberal. É essa a matriz que Pedro Passos Coelho deve salientar. É esse o rumo e é essa alternativa.

publicado por Paulo Gorjão às 00:05
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito

Site Oficial

www.passoscoelho.info

pesquisar

 

E-mail

ofuturoagora (a) sapo ponto pt

Colaboradores

AAN

Filipa Martins

João Espinho

Jorge Fonseca Dias

LR

Paulo Gorjão

Rui A.

TAF

Vasco Campilho

Vítor Palmilha

Junho 2008

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

posts recentes

Um novo ciclo

A campanha acaba aqui

Este é o meu voto

Este é o meu Partido

Razões para escolher

O voto útil a Portugal

Votar pela positiva

Sentimento de urgência e ...

Uma pessoa...

interesse comum

arquivos

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

tags

todas as tags

Blogs

Atlântico (blog)

3 liberdades

4ª República

5 dias

8 e coisa

19 Meses Depois

25 Centímetros de neve

Abrupto

Abaixo de zero

Alexandre Soares da Silva

Acho eu

Absolutamente ninguém

Ainda há lodo no cais

Apaniguado

Agora sou crescida

Águia de ouro

Aliciante

Amor e ócio

Anarca constipado

Anónimo

Ambientalista céptico

and this is Reality

Andrew Sullivan

Arte da Fuga

Arcádia

Amigo do povo

Arrastão

Aspirina B

As fadas

As afinidades efectivas

Avatares de desejo

Avesso do avesso

Apdeites2

Axonios gastos

Azurara

Barbearia

Blogadissimo

Bolague

Bichos carpinteiros

Bem pelo contrário

Blasfémias

Bitoque

Blogo existo

Blog dos farrapos

Blogota

Blogotinha

Bloguitica

Blogue do não

Blogzira

Blue lounge

Boato

Bomba Inteligente

Boina Frígia

Búzio de Cós

Bussola

Caldeirada de neutrões

Cachimbo de Magrite

Café moido

Café puro arábica

Canhoto

Caderno I

Café Moído

A Causa Foi Modificada

Certamente que sim

Condomínio

Cegueira lusa

Causa liberal

Causa nossa

Carambas

Caricas

Codfishwaters

Combustões

Conversa de mudos

Coimbra é nossa

Contra a corrente

Cortar a direito

Corta-fitas

Circo em chamas

Crackdown

Crítico musical

Crónicas Alfacinhas

days of angst

Desesperada esperança

Direita por linhas tortas

Dedos

Discurso directo

Direito de opinião

Educação cor-de-rosa

Eça é que é Hesse

Engraçadinho

Esquisito

Estes momentos

esta noite às 11

Ensaio geral

Ex-Ivan Nunes

Don vivo

Diplomata

Defender o quadrado

Do contra

Educação Sentimental

Eclético

Esplanar

Escudo

E-jetamos

Elbaeverywhere

Enguia Fresca

Escola de lavores

Espelho meu

A Espuma dos dias

Esquerda direita volver

Esquina do rio

Estado Civil

Espumadamente

Estrago da Nação

Esquerda republicana

Estado do sítio

Europas

Farol do deserto

Fuga para a vitória

Franco atirador

French kissin

Fonte das virtudes

Futuro presente

Gazeta Lusitana

Gato de Cheshire

Guerra das laranjas

Grande palhaço

Hoje há conquilhas

Há vida em Markl

Hole Horror

Homem a dias

Horas perdidas

Glória fácil

Grupeta

Gamvis

Geração de 60

Geraldo sem pavor

Gato fedorento

Grande Loja do Queijo Limiano

Insecto

Incontinentes Verbais

Impensável

Indireita

Ireflexões

Ideias com ideais

Da Literatura

Guest of time

Insubmisso

Insurgente

Lauro António

Liberdade democrática

Lisboa dakar

Lobi

Jazza-me muito

Janelar

Jonasnuts

Jornalismo de Sarjeta

Jp coutinho

Jumento

Juízo do ega

Mais actual

Magude

Mais Évora

Ma-Shamba

Mel com cicuta

Margens de erro

Mar salgado

Mancha na reputação

Marretas

Mau tempo no canil

Miss Pearls

Montanha mágica

Mundo por raimundo

Nortadas

Mulheres à beira de um ataque

No domingo

Notas verbais

No fundo no fundo

Notas ao café

Notas Várias

Notícias da aldeia

Origem das espécies

Observatório da jihad

Ordem e progresso

Os artigos expostos são para consumo...

Office lounging

Pão de leite

Pasta dos dentes

País do burro

O palhetas

Pharmacia de serviço

Peneirar

Papagaio morto

Ponte da mentira

Praça da república

Portugal dos pequeninos

Porttugal e outras touradas

Prenes

Procuro um lugar ao sol

Provas de contacto

Politics and prose

Praia

Pastoral portuguesa

Produções anacrónicas

Psicolaranja

Pitau Raia

Quintacativa

Quase Famosos

Radiomafia

Radeografia

Random precision

Rei Artur

Revista Atlantico

Rititi

Rua da Judiaria

Da Rússia

Revisão da matéria

Santa margarida

Small Brother

Senatus

Sala oval

Sexta coluna

Sempre a produzir

Sub silentio

Sítio da osga

Sentido das coisa

Se numa rua estreita

Sousa Homem

Sobre-vivência?

Tapornumporco

Taverna do embuçado

Tempo que passa

Triunfo dos porcos

Tristes Tópicos

Travel journal

Impressões de um boticário de província

Teoria da suspiração

Tradução Simultânea

Trentonalíngua

Tomar partido

Vasco Campilho

Vida das coisas

Vida das palavras

Vistalegre

Vício de Forma

Vegetais

Vila forte

Vela latina

Vento Sueste

Virtualidades

Voz do deserto

Vozes de burros

We have kaos in the garden

Zona Fantasma

blogs SAPO

subscrever feeds