Sexta-feira, 2 de Maio de 2008

Ler a Carta de Valores (2)

O futuro é agoraDefendi aqui que a carta de valores devia ser lida, e levada a sério. Embora não ache mal que haja quem a leve para a brincadeira, vou tentar elaborar um pouco sobre a importância dessa leitura.

Um político que afirma os valores pelos quais se guia, preto no branco,  está a expôr-se a um escrutínio muito mais apertado do que aquele que apenas faz promessas. Porque fugir às promessas é simples: basta dizer que "não era promessa, era objectivo"; ou noutro registo, "não fazia ideia que a situação era tão má antes de ser eleito!" Rings a bell?

Pedro Passos Coelho não foi por aí. Isto não quer dizer que ele não venha, a seu tempo, a propôr medidas concretas para o País: terá que o fazer. Mas começou por referenciar a sua acção a um quadro de valores. E isso faz toda a diferença.

A partir de agora, cada um de nós poderá olhar para as suas acções e pensar: como é que esta medida aparece à luz do valor da pessoa? Como é que esta atitude se coaduna com o valor da liberdade? Como é que esta proposta permite concretizar o valor da mudança? etc.

Em nome do valor da verdade, Pedro Passos Coelho atravessou-se. E é também por isso que merece a nossa confiança.
publicado por Vasco Campilho às 15:59
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Quarta-feira, 30 de Abril de 2008

Ler a Carta de Valores

O documento apresentado ontem por Pedro Passos Coelho é uma peça fundamental no debate político que agora se inicia. Há muito tempo que não se via um político iniciar uma caminhada para o poder pela afirmação dos valores que o movem. No mundo utilitarista do combate político, é muito mais fácil deixar os valores envoltos numa confortável indefinição. Há sempre um conselheiro que sussurra "primeiro chegue ao poder, homem! depois poderá aplicar os seus valores à vontade..."
Quanto mais não seja por essa coragem, esta carta de valores  merece ser saudada. E lida. E levada a sério. Porque se Pedro Passos Coelho chegar às responsabilidades que almeja, será à luz destes valores que deveremos avaliar a sua acção.
publicado por Vasco Campilho às 14:56
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Entrevista na SIC-Notícias (2)

publicado por O futuro é agora às 10:36
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Esquerda e Direita

Houve várias reacções na blogosfera às declarações de Pedro Passos Coelho em que o candidato a líder do PSD afirma não ser de direita nem de esquerda. Curiosamente, ambas obliteraram a parte afirmativa da declaração, em que Pedro Passos Coelho se afirma reformista e liberal. Estranha cegueira: vinha no título da peça!...

Já nos Prós & Contras da semana passada, Pedro Passos Coelho se recusou a ser encostado à direita por Fátima Campos Ferreira. Não, Carlos Botelho, não há aqui comodismo, nem sequer tacticismo: há aqui um posicionamento político claro construído numa coerência de anos.

Ao recusar posicionar-se na dicotomia esquerda/direita, Pedro Passos Coelho reconhece que essa dicotomia diz pouco aos portugueses. Ao definir-se como reformista e liberal, o candidato à liderança do PSD está a enviar uma mensagem muito mais clara aos portugueses do que se dissesse "sou de (centro-)esquerda" ou "de (centro-)direita". Está a enviar a mensagem de que a sua governação será uma governação de movimento e de mudança; e está a enviar a mensagem de que a sua governação será marcada pelo valor da liberdade em todas as suas dimensões - pública, económica, privada, cívica.

Bem vistas as coisas, comodismo seria definir-se em relação a uma dicotomia esquerda-direita cujo conteúdo ninguém hoje sabe concretizar.
publicado por Vasco Campilho às 10:02

editado por O futuro é agora às 11:17
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Apresentação de valores na RTP

Aqui.
publicado por O futuro é agora às 00:34
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Terça-feira, 29 de Abril de 2008

Valores da Candidatura

Carta de valores apresentada hoje por Pedro Passos Coelho:

1. Pessoa – Defendo o indivíduo na plena posse dos seus direitos e deveres, marca essencial da matriz social democrata. Rejeito os “ismos” que, em nome de ideologias, sacrificam as pessoas e promovem a existência de uma burocracia sem rosto. Esta candidatura tem por referência a pessoa com as suas capacidades e anseios, mas também com as suas limitações e com as suas necessidades.



2. Liberdade –A liberdade é o valor que nos une e de que não abdicamos em nome de qualquer interesse de ocasião. Quero uma liberdade responsável, onde cada um possa viver com a consequência das suas decisões. Esta candidatura vai falar de liberdade, com liberdade. Quero mais liberdade no espaço público, mais liberdade na actividade económica, mais liberdade na vida privada, mais liberdade no exercício pleno da cidadania. A liberdade não se garante pela mera proclamação. A liberdade constrói-se, dia a dia, num processo de conquista permanente em que o PSD deverá empenhar-se cada vez mais.



3. Verdade – Falaremos verdade, pois só assim é possível acreditar que, todos juntos, podemos resolver os graves problemas do País. Recuso a política das meias palavras determinadas pela mera vontade de somar votos ou pelas conveniências da conjuntura. A verdade é para mim um imperativo ético e um compromisso de honra. Esta é uma candidatura de verdade. Não desisto dos objectivos, não vacilo na determinação e não escamoteio as dificuldades. Só um compromisso com a verdade legítima a acção política. Em democracia, uma escolha falseada é uma escolha ferida de morte.



4. Confiança – Assumo a determinação de restituir a confiança aos portugueses. A confiança no PSD e a confiança no exercício da política colocada ao serviço do cidadão e da cidadania. Quero um PSD credível para voltar a merecer a confiança dos portugueses. Para isso assumo a exigência de reconstruir a base programática da social democracia, de restituir ao PSD um rumo claro e ajustado à sociedade dos nossos dias, reflectindo os anseios e as ambições das novas gerações.



5. Esperança – Esta é uma candidatura de esperança. Quero um Portugal renovado; recuso um Portugal adiado e entregue à desilusão. A esperança é o pilar da minha determinação. Não me conformo com fatalismos, nem aceito o comodismo da mediocridade. Acredito nos portugueses, na sua criatividade, na sua capacidade de criar riqueza, no seu imenso potencial de construir uma sociedade mais justa e mais solidária. A esperança é possível. Os portugueses precisam que lha devolvamos.



6. Mudança – Há momentos em que é preciso assumir a coragem de mudar. Acredito convictamente numa mudança que tenha a marca da evolução. Proponho desde logo uma mudança profunda no PSD. E ambiciono uma nova evolução para Portugal, restituindo a esperança aos portugueses. Sei o que representa mudar. Quero que o PSD se reencontre com o melhor de si próprio, com a sua história e com o seu enorme potencial futuro. Só então o PSD poderá ser capaz de construir e de apresentar um projecto estratégico para Portugal. O PSD conduziu as principais transformações que possibilitaram a consolidação do Portugal democrático. É hora de o PSD construir uma nova ambição para Portugal, uma ambição em que os portugueses se possam rever e acreditar.



7. União – Esta candidatura acredita na união de propósitos, não acredita no unanimismo de conveniências. A melhor união é a que se faz na diversidade. Por isso não quero a união pela união, nem a aceito como um fim em si mesmo. A união deve ser conjugada com o princípio da responsabilidade institucional, não deve ser um factor limitativo do pluralismo. A promoção do debate de ideias e do confronto de pontos de vista é o mais seguro caminho para consolidar opções. Defendo a necessidade de união dos militantes do PSD no propósito de construir um projecto transformador para Portugal.



8. Mérito – Esta candidatura acredita no mérito, como afirmação autónoma de qualidade. Desejo um PSD que promova a excelência dentro de si próprio, pautando-se por princípios de abertura e de sintonia com a sociedade civil. Valorizo a iniciativa individual, a iniciativa dos agentes económicos e das organizações sociais, que na diversidade da sua riqueza estruturam e consolidam a sociedade portuguesa. Esta candidatura é a expressão de uma iniciativa individual, sem temer dificuldades e sem quaisquer garantias prévias de adesão. Por isso dou valor ao empreendedorismo e à capacidade de iniciativa dos portugueses. Acredito que a criatividade individual é o mais potente motor do progresso comum. Será minha prioridade criar condições que potenciem a energia criativa de todos e cada um de nós.


9. Autoridade - Defendo que o exercício do poder democrático deve ser claro e determinado na defesa do bem comum. Rejeito, sem hesitar, todo e qualquer autoritarismo, mas considero que a democracia e a liberdade não podem sobreviver sem uma justiça que o seja de pleno e sem o respaldo de uma autoridade legítima e respeitada. É meu propósito reconstruir essa autoridade legítima e respeitada do Estado, sem tibiezas nem complexos.


10. Oportunidade – Ambiciono que Portugal seja uma terra de justas oportunidades para todos. O PSD vai criar condições para que a diversidade e a igualdade de oportunidades sejam uma realidade e não meras declarações de intenções. A diversidade de oportunidades é essencial para a realização das aspirações de cada um. É o ponto de partida para o aproveitamento colectivo dos benefícios da iniciativa individual. Uma oportunidade disponível é um passo para uma realização pessoal e ninguém pode ser impedido de a concretizar. Entendo que na diversidade de escolhas se constrói uma sociedade mais coesa, mais tolerante, mais livre, mais plural, mais responsável.
publicado por O futuro é agora às 19:58
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