...faço minhas as palavras de Pedro Magalhães:
"É fascinante, e também algo deprimente. E note-se: dá à comunicação social - para já não falar dos institutos de sondagens - um poder sobre a vida do partido que, enfim, é capaz de ir um bocado para além do saudável."
Mas, claro está, credibilidade é achar que os militantes apenas servem para ratificar sondagens.
Sou PSD. É o meu partido. Sei que está cheio de defeitos - que instituição humana não está? - mas nunca me esqueço das suas enormes qualidades. Por isso voto PSD, mesmo quando a liderança não me enche as medidas.
Em 2005, fui um dos 29% de eleitores que votou PSD, sem hesitações. Independentemente do candidato a Primeiro-Ministro. Hoje, apareceu uma sondagem que indica que esse universo de eleitores a que pertenço - os fiéis de entre os fiéis - prefere Manuela Ferreira Leite para defrontar José Sócrates em 2009.
Que a esses fiéis eleitores Manuela Ferreira Leite pareça a melhor escolha não é de espantar: eles guiam-se essencialmente pela notoriedade pública e pelo reconhecimento dos cargos ocupados no passado. Mas o que é certo é que em 2009, qualquer que seja o vencedor destas directas, eles vão pôr a cruz ao lado das setinhas. Pois se até em 2005 o fizemos!
Para o militante do PSD, a história é outra. O militante do PSD não vota de cruz, porque tem a possibilidade de escolher previamente em quem virá a votar. E quem tem a responsabilidade de escolher o candidato do PSD a primeiro-ministro percebe certamente que só com o eleitorado de 2005 não vamos lá.
A verdade que não vem nesta sondagem é que só Pedro Passos Coelho está em condições de, daqui a um ano, ir buscar os 20% que faltam ao PSD para a vitória. Seria um erro grave virarmos-lhes as costas.
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
Os artigos expostos são para consumo...
Impressões de um boticário de província