Nesta campanha eleitoral, Pedro Passos Coelho não quis avançar com uma lista de medidas de governo avulsas: preferiu abrir um debate alargado no PSD e no País sobre um programa político onde a liberdade tem um papel essencial.
Mas a um líder político não basta ter uma visão de longo prazo: tal como o comandante de um navio, ele deve também ser capaz de navegar em águas tormentosas, sem nunca perder o rumo, mas garantindo sempre a integridade da nau. As duas propostas de alcance imediato que Pedro Passos Coelho fez na última semana provam que ele tem perfeita consciência disso. Uma é o pagamento imediato das dívidas a fornecedores do Estado; outra é a redução do ISP.
Não haja dúvidas de que a crise que se abateu sobre a economia mundial é uma tempestade que vai abalar profundamente a economia e a sociedade portuguesas. A sangria fiscal a que o nosso País tem sido submetido retirou-nos a pouca capacidade que tínhamos de encaixar a quebra na procura internacional dos nossos produtos, o aumento dos custos de produção por via das matérias primas, e a rarefacção do crédito por via da crise bancária.
Esta é uma verdadeira situação de emergência, que requer uma reacção rápida, segura e eficaz. Sob pena de o País pagar (um pouco) mais tarde um elevadíssimo custo social pela inacção de hoje. As propostas de Pedro Passos Coelho - pagar de imediato as dívidas a fornecedores do Estado e baixar o ISP - permitem um alívio das condições económicas das pequenas e médias empresas que poderá evitar milhares de insolvências e muitos milhares de extinções de postos de trabalho nos próximos meses.
«O Estado está à boleia do preço do crude a recolher mais receita fiscal em impostos do que estava à espera quando fez o orçamento.»
«Existe margem suficiente para o Governo propor na Assembleia da República uma redução do IVA para os combustíveis, o que poderia ajudar as empresas e pessoas a sofrer menos».
«O Estado impõe sacrifícios em impostos e contenção que ele próprio não sabe fazer. Isto tem que parar porque está a matar a economia e as empresas, está a semear despedimento na sociedade portuguesa.»
«O Estado não pode fazer dos impostos uma questão de obsessão: devíamos rapidamente encarar um projecto de trajectória no tempo de redução de carga fiscal e redução da despesa pública, porque sem isso Portugal não vai conseguir encontrar o caminho de crescimento económico e bem-estar ao nível europeu».
«Não é justo que em Portugal o próprio Estado deva tanto dinheiro às empresas que prestam serviços para o Estado, uma dívida a fornecedores estimada em cerca de três mil milhões de euros. É indispensável que, depois da atitude louvável do Ministro das Finanças que publicou a lista das dívidas, agora trate de fazer com que o Estado pague.»
AAN
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João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
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Rui A.
TAF
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