Passos venceu, por FT.
Passos Coelho ao contrário do primeiro debate foi afirmativo, distintivo e pouco reactivo. Por tudo isso, venceu.
Vencedor e meio, por David Dinis.
Passos Coelho não se meteu na guerra de capelinhas do PSD e ganhou.
Pedro Passos Coelho, por Paulo Querido.
Antes de ler seja quem for, para ter uma opinião directa, não influenciada: Pedro Passos Coelho mostrou-se claramente acima dos competidores na corrida das directas do PSD. (...) Quando Passos Coelho fala consegue captar a atenção. A sua voz é escutada (pelos outros candidatos). Apresenta um discurso fresco, tem duas ou três teclas bastante boas (realistas), consegue doseá-las (Santana Lopes, por exemplo, não consegue, mistura tudo).
Notas sobre o debate do PSD, por Carmex.
Pedro Passos Coelho tem as ideias mais coerentes e é quem as apresenta melhor. (...) Graças a estas directas do PSD, está a ser discutida e apoiada a necessidade de descer impostos em Portugal, bem como assuntos como a flexibilização da legislação laboral, a possibilidade de escolha de instituições de saúde e educação e a porção das actividades económicas arrebatadas pelo Estado aos privados. Neste país de carneiradas guterristas, já é muito bom sintoma que isto se discuta. E o mérito vai inteiro para PPC.
O debate laranja, por CMC.
Viu-se um Passos Coelho muito forte na parte inicial, dirigindo-se, como a circunstância lhe exigia, a Ferreira Leite, com quem quis marcar um terreno de que a decisão se trava entre os dois. E conseguiu levar a melhor do que a ex-governante, pois soube mostrar e separar as águas dos dois candidatos.
Sandwich, por David Dinis.
Uma proposta social, por João Miranda.
O último líder do PSD, por Rui Ramos.
Liberalismo, por João Paulo Craveiro.
Deitar gasolina para o fogo, por Paulo Pinto Mascarenhas.
Ferreira Leite diz que é candidata à liderança do PSD com sacrificio, por Miguel Goulão.
o Professor perdeu a calma, por Pedro Marques Lopes.
Populistas!!!!, por Ricardo G. Francisco.
A bomba mais próxima, por JM Ferreira de Almeida.
A verdade revelada, por Pedro Marques Lopes.
Plano Estratégico MFL, por Ricardo G. Francisco.
A verdade, só a verdade, por Eduardo Pitta.
Assim é que é!, por João Villalobos.
Verdade Revelada II, por Pedro Marques Lopes.
Mais um populista?, por Paulo Pinto Mascarenhas.
Eleições no PSD: porque apoio Pedro Passos Coelho, por Miguel Frasquilho.
Afinal... por Nuno Roldão Mendes.
À força de não quererem ser chamados de populistas e de pretenderem ser vistos como sérios, muitos políticos começam a cair na demagogia de sinal contrário. (...) O que mais me espanta, porém, é ver tanto liberal da blogosfera a defender a manutenção de taxas e impostos, primeiro instrumento da intervenção do Estado.
Paulo Pinto Mascarenhas, no blogue atlântico.
Birras à parte - então não fala de nós, cáspite?! - o Paulo Querido tem toda a razão: em termos de web 2.0 esta campanha ainda está na idade da pedra.
Eu, pessoalmente, nem sei bem o que seja a web 2.0. Mas sei que leio blogs desde 2003, e desde há dois anos que não vivo sem rss. Tenho um perfil linkedin, outro no hi5 (que já deixei de visitar há meses) e outro no facebook. Ainda não me lancei no twitter, mas se o Paulo diz que é bom... hei-de ir lá espreitar.
Temos, no entanto, que pôr as coisas em perspectiva. Estas são eleições fora do calendário, com um período de campanha curto e intenso, virado para um universo de eleitores relativamente confinado. Dado o grau de atraso geral da política portuguesa na mobilização dos recursos da Internet, e os escassos recursos disponíveis para este tipo de campanha, compreende-se melhor o porquê do panorama desolador que pinta Paulo Querido.
Agora, depois de 31 de Maio, o PSD vai ter decididamente que se virar para fora. E aí, penso que nenhum dos instrumentos que Paulo Querido cita na sua peça pode ser menosprezado. A estratégia que Pedro Passos Coelho tem vindo a preconizar - colocar o PSD em diálogo com a sociedade de forma a chegar a novos segmentos do eleitorado que (ainda) não se identificam connosco - e da qual de certa forma esta campanha é já um esboço, tem de ter na web social um instrumento fundamental de execução. Não há outra forma de executar essa estratégia no final da década de 2000.
E chamo a atenção para um facto: até agora a classe política parece focada na internet apenas como forma de influenciar os media tradicionais. Tão 2005... O que a web social traz de verdadeiramente novo é a possibilidade de uma comunicação menos mediada e mais bidireccional. Ora essa é a única forma de comunicação capaz de quebrar os filtros cognitivos situacionistas instalados no discurso político e mediático. Insubstituível, portanto, num projecto político que vai para além da alternância e almeja oferecer uma verdadeira alternativa.
Adenda: vale a pena ler também o making of da reportagem no blog de Paulo Querido.
O Psicolaranja corrigiu o erro num abrir-e-fechar de olhos. Aqui fica o novo cartaz do psico-debate de amanhã à noite. Apareçam todos!
Decorre do meu post anterior que a) Pedro Passos Coelho só tera mais caciques a apoiá-lo na medida em que tem mais apoiantes, e b) nenhum indício permite inferir que o universo dos apoiantes de Pedro Passos Coelho tenha maior incidência de más práticas na actividade partidária do que o universo dos apoiantes de qualquer outro candidato.
Donde se conclui que as críticas a Pedro Passos Coelho relativamente aos seus apoiantes relevam sobretudo de a) miopia política e b) double standards. Isto é: por um lado uma incapacidade de reconhecer o fenómeno criticado nas diversas candidaturas, por outro lado uma superior exigência relativamente à candidatura de Pedro Passos Coelho. Estas duas razões conjugam-se aliás com frequência, o que assume contornos particularmente graves em defensores de uma candidatura que pretende pôr o partido na ordem.
Resta uma última razão de crítica relativa ao papel dos apoios nesta campanha. Ouve-se por vezes dizer que Passos Coelho compromete a sua linha política ao aceitar certos apoios. Ah e tal que os caciques cobram-se. Ah e tal que o apoio deles é interesseiro. Ah e tal questão de sobrevivência.
Também aqui convém especificar de quem falamos e com base em quê. Uma apreciação política não tem de ter o rigor de uma sentença judicial, mas convém que não seja feita completamente à toa. Posto isto, for the sake of the argument, vamos admitir que tudo isso é verdade. E depois?
E depois nada. Porque as motivações, os desejos e as manobras dos caciques tornam-se completamente irrelevantes no quadro político do PSD actual, fruto justamente da ruptura estratégica introduzida por Pedro Passos Coelho.
Passos Coelho decidiu focar estas directas em ideias para o País. Decidiu empreender um reposicionamento estratégico do PSD em consonância com a sua matriz ideológica de sempre. Decidiu apontar um caminho mobilizador para o Partido, de demarcação clara do PS. Decidiu colocar os militantes perante a responsabilidade de oferecer aos portugueses uma alternativa. Decidiu - e foi esta a sua decisão mais arrojada - imaginar a vitória possível já em 2009.
Face a isto, não há espaço para negociatas. Está visto que nenhum apoio teve o condão de inflectir o discurso de Pedro Passos Coelho em nenhuma área. Está visto que Pedro Passos Coelho não hesita em demarcar-se de declarações de pessoas que o apoiam quando delas discorda. Admitindo que haja quem apoie Passos Coelho por falta de perspectivas noutras candidaturas, não deixa de ser evidente que Passos Coelho em nada se sentirá obrigado por expectativas auto-alimentadas de caciques. Porque a únicas expectativa que ele alimenta é a expectativa de vitória em 2009.
A verdade é que Pedro Passos Coelho disse desde o início ao que veio: unir todos os que se revêem na sua proposta sem olhar ao seu percurso passado; e escolher os melhores para governar Portugal. Ninguém poderá depois dizer que não sabia.
Desde o início desta campanha que venho ouvindo um refrão bastante desafinado: Passos Coelho tem os caciques com ele; os caciques são muito maus; Passos Coelho tem um discurso bom, mas tem que se livrar dos caciques; Passos Coelho quer é safar os caciques; Passos Coelho afinal é tão mau como os caciques...
Tanto se fala de caciques, mas convinha primeiro esclarecer isto: o que é um cacique? Na sua mais simples definição, um cacique é um militante que mobiliza outros militantes para votar. No fundo, no fundo, qualquer militante empenhado é, à sua escala, um cacique. Pedro Passos Coelho tem consigo os militantes mais empenhados? Só lhe fica bem.
Claro que a crítica subjacente ao caciquismo dos apoiantes de Passos Coelho tem outra coloração: ah e tal, mas os caciques não são gente frequentável. A verdade é que há caciques para todos os gostos, dos mais cristalinos aos mais turvos. Mas, e distingui-los?
A generalidade da blogosfera encontrou uma heurística tremendamente simples, e tremendamente falsa. É autarca? É cacique. É ex-ministro? Então é uma figura nacional. É presidente de secção? É cacique. Ah mas é deputado? Então é barão do partido.
Eu não tenho grandes dúvidas: Fernando Ruas é cacique; Nuno Morais Sarmento também. Sérgio Lipari é cacique; António Preto idem aspas. E, já agora - espero que isto me possa ser perdoado um dia - também cacique me confesso. Admito mesmo ter falado com vários militantes para os motivar a votar em Pedro Passos Coelho.
Somos todos iguais? Não sei. Sei que a única forma séria de julgar da lisura da actividade partidária de cada um é apreciá-la em si mesma, sem passar por raciocínios apriorísticos acerca do poder local ou das estruturas concelhias. Gostaria de ver os comentadores independentes a fazer essa experiência com as listas de apoiantes das diferentes candidaturas...
É impressionante o silêncio em redor da criação do secretário-geral do sistema integrado de segurança interna. Esta personagem controlará todas as polícias do país e despachará directamente com o primeiro-ministro. Mais: esta figura sinistra será nomeada pelo próprio primeiro-ministro. Como é evidente, esta concentração de poderes é inaceitável. Não é uma questão de opinião. É uma questão de facto: numa democracia liberal, não pode existir intimidade entre governo e polícia. Quando digo isto não estou a entrar no mercado da indignação; estou apenas a ser analítico, ou seja, estou somente a relembrar que os governos democráticos não podem ter um superpolícia no bolso.
por Henrique Raposo, no Expresso (via atlântico).
Totalmente de acordo. Acrescento apenas que nem todos se calaram: a proposta de Pedro Passos Coelho relativamente à reorganização das forças de segurança vai justamente no sentido de despolitizar a sua coordenação, entregando-a aos próprios profissionais, sob uma tutela comum que garanta a operacionalidade dessa mesma coordenação. Muito diferente do intendente-geral socrático, que em tempos normais pouco pode fazer pela coordenação operacional dada a dispersão das forças policiais por diferentes tutelas, mas que em tempos de excepção adquire poderes que fazem temer pela integridade da nossa democracia.
O que parece cada vez mais evidente – se não o fosse desde o momento em que a Dra Ferreira Leite lançou a candidatura – é que a ex-ministra das Finanças não tem uma estratégia própria e é refém daqueles que a estão a utilizar para os seus próprios projectos de poder. Esses são aqueles que pensam que a Dra Ferreira Leite perderá com o Eng Sócrates mas que no entretanto querem consolidar o seu poder dentro do PSD para, no momento certo, a derrubarem. No fundo, são os que estão dispostos a sacrificar o país não se importando com a desastrosa política do Governo PS, dando de mão beijada as próximas eleições a Sócrates, em favor dos seus interesses pessoais.
por Pedro Marques Lopes. Sublinhados meus.
Estive lá, vi e ouvi: na noite em que recebeu o apoio de Carlos Carreiras, presidente da Distrital de Lisboa (declaração de interesses: órgão a que me orgulho de pertencer), Pedro Passos Coelho afirmou perante uma plateia de militantes de Cascais, Oeiras e Sintra que não tinha até agora recebido um único apoio condicionado a quaisquer lugares ou outro tipo de troca. E que não sabia estar de outra forma na política.
Post dedicado ao Rui Castro, na esperança que ele me explique como é que um candidato a líder pode promover a mudança num partido sem receber o apoio maioritário dos seus militantes.
João Gonçalves já não é militante do PSD. Ainda assim. Ler o Portugal dos Pequeninos é como seguir o desenrolar do pensamento - e do desapontamento - de uma certa sensibilidade do Partido nestas directas. Instrutivo.
...fica marcada por Pedro Passos Coelho e a Venezuela, e não pelo cigarro do PM ou pelo jantar de Pinto da Costa na AR. Saudável perspectiva. Aqui deixo os excertos que mais dizem respeito ao futuro líder do PSD:
Um candidato credível e preparado para o maior partido da oposição (...)
Pedro Passos Coelho deu excelentes entrevistas e mostrou que o PSD cometerá um disparate dos antigos se o trocar por uma hesitante repetente que ainda crê que as camisolas ganham jogos (...)
(...) o completo banho de Passos Coelho à concorrência, passando primeiro o outro Pedro, que ficou a barafustar lá atrás, e batendo-se agora com o cromo mais custoso do PSD(...)
Caro Tiago, o PSD deve de facto ser um grande aborrecimento para si. Estraga-lhe a sua arrumação limpinha entre esquerda e direita; desorganiza-lhe a sua frágil categorização do socialismo democrático; teima em não se deixar acantonar nas etiquetas que o Tiago e os seus camaradas lhe querem colocar... e ainda por cima disputa eleições. Que chatice.
Mas sabe, nós não estamos aqui para facilitar a vida aos militantes do PS. Por isso não nos preocupamos muito se estamos a entrar no "amplo campo do socialismo democrático" que o Tiago demarcou, e que assim à primeira vista vai de Gramsci a Burke. E se a nossa matriz ideológica - social, liberal e personalista - lhe parece indefinida, isso só confirma que estamos no bom caminho: é sabido que a fixidez dificilmente acompanha o movimento...
Nós estamos aqui para propôr uma real alternativa às políticas do PS. É isso que interessa aos eleitores: terem a possibilidade de escolher entre projectos diferenciados. A matriz ideológica do PSD tem a abrangência necessária para propôr um projecto político absolutamente contrastado com o PS socrático, reforçando uma agenda de liberdade de que Portugal carece neste momento, sem por isso perder contacto com as componentes social e personalista que a caracterizam. Se Pedro Passos Coelho vencer estas directas, os portugueses poderão fazer essa escolha.
O verdadeiro problema que devia preocupar o Tiago é a distância entre o PS que tem e o PS que sonha. O PS que o Tiago tem é um partido cuja matriz identitária é feita de memórias republicanas, reviralhistas e PRECistas - não percebo aliás como é que estas referências tanto o enxofram - e cuja prática política é situacionista, estatista e gestionária. Só não vê quem não quer. Podia ser outra coisa? Isso já não é connosco: está nas mãos dos TBR's do PS transformar os seus sonhos em realidades. Ficamos à espera.
Adenda: muito interessante a reacção de Luís Novaes Tito à troca de impressões que tenho mantido com Tiago Barbosa Ribeiro. Deixei lá um comentário em forma de complemento ao que por aqui tenho escrito.
N'A Destreza das Dúvidas, uma série de posts sobre ambição a não perder. O que é que isto tem a ver com a campanha de Pedro Passos Coelho...? Tudo.
Obviamente um erro grave de Manuela Ferreira Leite, por André Azevedo Alves.
Passos Coelho? (2), por Ricardo G. Francisco.
Credibilidade, por João Miranda.
PSD (17), por AMN.
A idade da inocência, de facto..., por Paulo Gorjão.
Manuela Ferreira Leite vai desiludindo, por André Azevedo Alves.
O que está em jogo?, por Paulo Gorjão.
Obviamente?, por Eduardo Pitta.
Paços para Coelho, por Gonçalo Capitão.
A credibilidade em política, por André Abrantes Amaral.
O voto de Manuela, por Pedro Correia.
Muito cá de casa, por João Villalobos.
Via 4R.
Algumas notas soltas sobre as eleições no PSD, por Paulo Gorjão.
Pedro Passos Coelho (2), por André Abrantes Amaral.
mas afinal, porque é que não vota no ps?, por rui a.
O Cunha Vaz da Dra Ferreira Leite, por Pedro Marques Lopes.
PSD (15), por AA.
PSD (16), por AA.
Foi você que pediu mais transparência?, por Pedro Correia.
Popularismo, por Gabriel Silva.
Populismos, por João Gonçalves.
O paradoxo do ornitorrinco, por Paulo Pinto Mascarenhas.
Obviamente, por João Gonçalves.
João Miranda, em resposta a Bruno Alves, sobre o partido autárquico e a agenda reformista e liberal (bolds meus):
Bem ou mal, o partido autárquico tem o mérito de conseguir manter vivos centros políticos de pode fora de Lisboa. Os interesses do partido autárquico são interesses reais de pessoas reais. Devem-se a factos políticos reais. Resultam de problemas que constituem entraves reais ao desenvolvimento do país. Lembro que no país ainda vivem pessoas que nada vão ganhar com o aeroporto de Alcochete, a nova ponte sobre o Tejo, o túnel de Alcântara e o TGV. Isso constitui um problema e um desafio para qualquer agenda “liberal e reformista”. Aliás, não consigo imaginar uma lista de problemas que uma agenda “liberal e reformista” deve resolver em que o problema do centralismo não esteja no topo.
Pedro Passos Coelho, por André Abrantes Amaral.
Respostas Concretas: IMI, por Paulo Gorjão.
Jovem, por DL.
Estamos conversados, por CAA.
A inteligência e a estupidez, por Pedro Correia.
Pedro Marques Lopes, no Corta-Fitas.
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
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