O futuro é agora.
Portugal está a entrar no sétimo ano de uma crise sem fim à vista. O desemprego aumenta, o poder de compra das famílias diminui, e as contas do Estado só se vão equilibrando à custa de uma pressão fiscal asfixiante. Portugal converge a todo o vapor com o fundo da tabela europeia. E cada vez é mais certo
E no entanto... no entanto, há excelentes exemplos de sucesso made in Portugal. Empresas portuguesas capazes de vender os seus produtos para o Mundo inteiro, marcas portuguesas que se impõem como referenciais de qualidade internacional, profissionais portugueses que brilham nas multinacionais que os empregam.
Não tenho dúvidas de que é possível vencer a crise. Não nos falta nem inteligência, nem determinação, nem capacidade de trabalho. Da minha experiência como político e como gestor, concluí que a Portugal e aos portugueses falta sobretudo mais capacidade de passar das palavras aos actos.
Se queremos ultrapassar este bloqueio, é fundamental que abandonemos a mentalidade que vê no Estado o motor do desenvolvimento económico. O Estado não vê tudo, nem dá resposta a tudo. Enquanto esperamos pelo impulso do Estado, muito tempo passa, muitas oportunidades se perdem... e muitos elefantes brancos se constroem. A verdade é que o motor do desenvolvimento são e serão cada vez mais as empresas e todos aqueles que nelas trabalham.
Para vencer a crise em que se encontra, Portugal não pode dispensar a vontade e a criatividade dos portugueses. No entanto, o Governo parece apostado em entravar essa vontade de vencer, em coarctar o fluir da inovação com burocracias e regulamentos, em açambarcar a capacidade de investimento privado para projectos de duvidosa rentabilidade e benefício social.
É preciso reconhecer que muitos se adaptaram ao actual estado de coisas. Todos aqueles que ao longo dos anos aprenderam a dominar o labirinto burocrático e político instalado não querem abrir mão do que pensam ser uma vantagem competitiva. Mas essa vantagem, no fim de contas, é uma ilusão, e uma ilusão que custa caro ao País.
A emancipação da sociedade civil e o reconhecimento pleno do papel dos privados no desenvolvimento económico e social do país é portanto uma prioridade fundamental. Para a concretizar, precisamos de um acordo alargado na sociedade portuguesa sobre o que devemos esperar do Estado.
Candidato-me à liderança do PSD porque estou convicto que é urgente iniciar este caminho. A campanha que agora se inicia, a pouco mais de um ano de eleições, é uma oportunidade única para colocar o País a discutir o que quer para o seu futuro. Só o PSD pode encarnar em 2009 uma alternativa ao actual rumo de desesperança e resignação. Por isso desejo que esta campanha envolva não apenas os militantes, não apenas os simpatizantes, mas todos os portugueses. O futuro é agora.
Pedro Passos Coelho
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
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Impressões de um boticário de província