Quarta-feira, 21 de Maio de 2008

Comparemos então...

A uma mesma pergunta do Público, as respostas de Manuela Ferreira Leite e de Pedro Passos Coelho:

 

Portugal atravessa, há vários anos, um período de fraco crescimento económico. Quais as três principais medidas que propõe para inverter esta situação?

 

Pedro Passos Coelho: Temos um problema de qualificações, um mercado pouco qualificado e com uma grande rigidez e, essencialmente, um Estado que é demasiado gastador e, portanto, demasiado ineficiente, consumindo muitos recursos que seriam necessários para que a economia pudesse crescer. As medidas essenciais que podem inverter esta situação são, primeiro, um esforço maior, sobretudo em exigência de qualidade, na formação dos recursos humanos. Segundo, a reforma do Estado. O Estado vai ter de desgovernamentalizar a economia e de ser mais eficiente e mais competitivo nas funções que desempenha, mesmo nas áreas sociais. E precisamos de caminhar para um quadro de maior flexibilidade na área laboral que permita um despedimento mais fácil e, portanto, que as empresas possam contratar com mais facilidade. Isto significa que o Estado vai ter de desgovernamentalizar a economia. E nas áreas sociais, nomeadamente educação, saúde, apoio social, o Estado vai ter de ganhar eficiência, colocando-se em concorrência com a oferta privada.

 

Manuela Ferreira Leite: Não é um problema de medidas, é um problema de políticas. As políticas são conhecidas e são óbvias em relação àquilo que fomenta o crescimento económico. As medidas só são susceptíveis, só têm efeitos, se inseridas no contexto global da situação económica do momento. Não creio que honestamente alguém possa responder a uma pergunta destas, porque, neste momento, ninguém é capaz de prever qual é que é o cenário macroeconómico de 2009. Com todas as imponderáveis que existem, não é possível, com correcção, dizer-se que medidas é que na altura sejam adequadas para executar a política que nesse momento é necessária.

 

Um candidato responde clara e directamente à questão que lhe é colocada. Outra desconversa. Há quem lhe chame credibilidade...

publicado por Vasco Campilho às 12:14
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10 comentários:
De Fidélio a 21 de Maio de 2008 às 13:20
O Pedro tem energia, tem propostas, porém, uma política teoricamente pode ser adequada, mas na prática, pode fracassar. Há diversos factores que concorrem para a sua eficácia, e por serem múltiplos, criam entraves.
Quanto às dúvidas da Manuela Ferreira Leite , e a indecisão, penso que justificável. Não há fórmulas mágicas, e mais liberalismo, mesmo que gere crescimento , não é sinónimo de desenvolvimento. Veja-se o caso da cruel crise interna na África do Sul. Mesmo assim, é necessário agir, mas com cautela e reflexão, são sempre oportunos para refrear impulsos demasiado pragmáticos .
De Fernanda Valente a 22 de Maio de 2008 às 01:32
«...uma política teoricamente pode ser adequada, mas na prática, pode fracassar.»

«Não há fórmulas mágicas, e mais liberalismo, mesmo que gere crescimento , não é sinónimo de desenvolvimento.»

Ou bem que se tem uma perspectiva liberal de governance, ou então é melhor deixar ficar os que lá têm estado.
O problema da falta de crescimento económico, do desemprego, da ausência de investimento estrangeiro, tem a ver com o peso excessivo do Estado na economia, no seu controlo de sectores estratégicos que deveriam ser liberalizados, deixando funcionar livremente o mercado, na falta das reformas estruturais no plano da legislação laboral, da educação e da justiça, nomeadamente no que respeita à criação de políticas preventivas contra a corrupção que é uma das maiores, senão a maior razão da nossa falta de credibilidade no exterior, largamente responsável pelo nosso estado de estagnação.
Portanto, ser-se liberal é uma coisa muito séria, implica mudanças radicais de mentalidades, ao nível das estruturas politico-partidárias, porque o cidadão comum, para esse, se for melhor para ele, concordará concerteza...
De Fidélio a 22 de Maio de 2008 às 03:09
Compreendo o seu ponto de vista. Não deixo de simpatizar com as ideias teoricamente, mas como conheço bem a realidade "de baixo", naturalmente tenho desconfiança .
Que o país necessita de estruturais reformas, é coisa que é do senso comum. Mas tem havido sucessivas reformas da educação: qual o resultado? Instabilidade, e a mediocratização e alheamento da juventude em relação aos problemas do país. Essa realidade, contacto e discuto diariamente, tenho bem noção que os "de cima" parece que não sabem, ou fazem de conta que não sabem o que se passa com os "de baixo". Agora, medidas, é bem fácil colocá-las sobre a mesa, mas fundamentá-las, dar uma linha lógica de como elas irão beneficiar a sociedade, explicá-las com clareza e atendendo aos "reais" circunstancialismos da textura sócio-jurídico-económica , é coisa bem diferente. O que pretendia era um como se concretiza satisfatoriamente essas medidas.
Quanto à mudança de mentalidade, hum...tenho pugnado como um "Sísifo" hercúleo pela sua alteração, com pequenos actos, com a força da palavra, com a leveza de um perfume encantador sob a aparência de um véu, mas acredite, não tem dado o resultado devido. O alheamento da populaça, a falta de pensamento, a inexistência quase de pensamento crítico, deixam-me como uma sala enfumarada num baço horizonte de chuva. Como concretizar isso???
A família, núcleo pilar da sociedade e da educação têm uma responsabilidade fundante na consciência futura da sociedade, são o esteio para a renovação, todavia, o seu papel, quanto à educação de um miúdo que vislumbre satisfatoriamente uma sólida opinião sobre a organização social, tem sido tão negligente, que o desrespeito, a desmotivação, a frouxidão e a melancolia são seu traço marcante. A mentira domina o seu suor, e a palavra, tem tanto valor como uma pedra que serve para chutar no chão.
Quanto à concepção económica académica dominante, partilho desavenças com ela, não ao ponto de ódio, mas sim de cepticismo. Muito do que dogmaticamente o "Homem" ensina, revela-se-me tão grosseiro, que é motivo constante para frustração.
Deixando o pessimismo e a inacção de lado, sei bem que o político tem de ser sistemático quanto às fórmulas que apresenta à sociedade, e que tem de envergar por um jogo manhoso, para conseguir atingir o "Olimpo". É necessário, porque a realidade assim exige. Porém, quando chega a esse paraíso bem esfarrapado, vê-se numa estatuto bem diferente, sob pressões várias, de diferentes sujeitos e quadrantes sociais. Nesse momento, a questão que o deve afligir é " o que fazer"??? E é aqui que o fenómeno da descredibilização da classe dirigente tem o seu ponto alto: depois do sonho que comanda a vida, vem a verdadeira natureza da "Coisa".
Mas compreendo, naturalmente me diria " que é necessário agir, e que o pessimismo é o que pior que pode acontecer em matéria de economia e política, de sociedade e sentido de vida". Eu naturalmente concordaria, todavia, também não deixaria de enunciar " que o optimismo ingénuo é matéria que leva a grosseiras sobrevalorizações de determinadas fórmulas que por vezes deixam uma tremenda ressaca sobre os neurónios anteriormente embebidos num opiáceo enobrecedor". Não quero com isto ser ofensivo, ou de uma mordacidade absurda, só manifesto uma certo cansaço, que é natural e fundamental para a mudança. O facto de explanar com sinceridade os meus pontos de vista, é prova de que pretendo me envolver com as questões que tanto afectam o país. O que pretendo é o sucesso, e o sucesso pelo menos razoável de um pacote de medidas que nos ponham na linha da frente da inovação, em todas as áreas.
Os meus sinceros cumprimentos, aguardo naturalmente uma reposta, se é que ela existe...
De Fernanda Valente a 22 de Maio de 2008 às 16:13
Enquanto fizer parte do “mapa parlamentar” um partido político que se dá pelo nome de PCP, vai ser difícil concretizar qualquer medida por melhor que ela seja, em benefício da sociedade.
Tomemos como exemplo a reforma do sistema educativo levado a cabo por este governo, cujo ponto alto foi precisamente o diploma que “previa” o sistema de avaliação dos professores. Este partido, cuja história respeito mas que, neste momento, já deveria estar a fazer parte dos arquivos da Torre do Tombo, tem a capacidade de mobilizar e instrumentalizar uma certa parte da opinião pública, contra si própria, que só por ignorância, comodismo ou alheamento foi capaz de se manifestar contra, em grande número, o que por si só é revelador da qualidade do ensino em Portugal. (Se bem que, na minha opinião, em 100 pessoas presentes na referida manifestação, 30 eram professores; os restantes resumindo-se a familiares e amigos). Concluindo: como se torna impreterível para este governo fazer um segundo mandato – o país não se compadece com novos políticos profissionais, aprendizes de governantes - foi necessário recuar e a reforma não obteve o êxito que seria de esperar.

Quanto à questão da mudança de mentalidade, não se preocupe que ela irá fazer parte de um processo evolutivo natural da nossa sociedade; as pessoas já estão a começar a aprender com os seus próprios erros. Se reparar, os cidadãos estão hoje melhor informados sobre a política e os seus respectivos agentes. Os jovens acabam por chegar lá quando for feita a verdadeira reforma educativa.
Não creio que o conceito de família como nós o entendemos (tradicional, algo caciquista), seja importante para a mobilização dos jovens num certo sentido, talvez até possa ter o efeito contrário. A mentalidade dos jovens deve ser formada com base num certo espírito de liberdade individual de escolha; é preciso acreditar neles, dar-lhes o benefício da dúvida.
Por outro lado, também seria bom que se desse igual relevo a todas as actividades desportivas e não somente à que ao futebol diz respeito. A actividade desportiva traduzida no futebol funciona hoje como um verdadeiro “poder corporativo”, abrindo telejornais em horários nobres, monopolizando o espaço informativo destinado ao desporto, da imprensa falada, e está na base da inata indiferença dos jovens por outros pólos de interesse, sejam eles de carácter desportivo, da área do conhecimento ou de outras actividades de lazer. (Espero que os nossos governantes tenham o bom senso de não “embarcar” em novos festivais tipo torneios mundiais de futebol, desviando, para esse efeito, verbas indispensáveis à nossa estratégia de desenvolvimento – sob o pretexto do favorecimento da indústria turística −, unicamente com o intuito de satisfazer o ego e encher os bolsos dos muitos parasitas cuja sobrevivência depende dessa área de negócios, e, em grande parte, a responsável pelo factor corrupção existente no nosso país.

Bem, mas acho que já me alonguei suficientemente neste contra-comentário. Não podemos esquecer que o objectivo deste blogue é o apoio à candidatura de PPC.
Quando refere a descredibilização da classe dirigente, após atingir o “Olimpo” e depois de colocada perante o facto consumado que é a realidade do próprio país, penso que se essa classe dirigente optar por dizer a verdade aos portugueses, por lhes apresentar um projecto com cabeça, tronco e membros, se for capaz de reconhecer as suas fragilidades, se souber desmistificar o que é nocivo e premiar a qualidade com o envolvimento do que de melhor existe na sociedade civil, essa classe será reconhecida e respeitada; é preciso é que o exemplo venha de cima, devendo “os outros” morrer do seu próprio veneno, como haverá de convir a todo o escorpião que se preza ...

Cumpts.

De Fidélio a 22 de Maio de 2008 às 20:37
O que pedia era uma clarificação de como fazer uma reforma, mas não medidas ou bodes expiatórios . Um jovem de vinte anos, sem partido, sente as suas dúvidas. Não sei porque trouxe à baila tanto os professores como o PCP. Eu acho que devemos acima de tudo respeitar as diferentes tendências existentes na sociedade. Mas não encontrei nada disso, pedi a colegas de curso ou a outras pessoas amigas para verem, ficaram tão esclarecidos como eu... os meus sinceros cumprimentos.
De Fidélio a 23 de Maio de 2008 às 03:37
Fui curto na anterior resposta. Senti uma leve náusea a percorrer-me a alma como vento gelado que perpassa a orla costeira. Depois de jantar, dei uma volta, vivi as pessoas, vi-as na sua mais quotidiana vivência, chapinhando nelas , enquanto um chuvisco enxugava a terra. Agora, estando sereno, decido responder convenientemente à Senhora Fernanda Valente.
Tenho consciência que isto é um espaço de apoio ao Senhor PPC . E sei que é candidato à liderança de um partido, partido que tem uma forte preponderância no eleitorado. Por esse motivo, e não querendo desdenhar as outras forças partidárias, entendo que a melhor forma de suportar um candidato, é pela via de um debate sereno, com pessoas de diversos quadrantes sociais, onde os seus apoiantes mostrem a força e o fulgor do seu projecto. Dessa forma, não considero ser fugir ao interesse e fundamento deste blog estarmos a trocar impressões, é mostra de vitalidade e interesse. É esta a grande virtude de uma Democracia, e os partidos, devem estar envolvidos com a subjectividade que um eleitorado sente, pois caso não ocorra, perdem no seu horizonte as esperanças e os interesses de uma massa anónima que vegeta pelas ruas.
Quanto à referência ao PCP, tenho divergências terríveis com o sua linha ideológica, mas sei reconhecer o que de bom existe: coerência, "até estreita de mais", e o porte de um pensamento incontornavelmente inspirador e vital para a Humanidade, para o pensamento económico, para o pensamento histórico e social. Além disso, o marxismo foi uma das grandes linhas inspiradoras da social-democracia, muito distante do liberalismo de contornos actuais. Todavia, é claro que "mudam os tempos, mudam as vontades", e não nos devemos prender demasiado ao passado, mas também não o devemos esquecer facilmente.
Quanto ao ensino actual, pode até estar a transmitir dados importantes para o INE, mas o que não está a produzir é massa pensante, por diversas razões que não cabe aqui explanar, mas que vale a pena nomear que todos somos responsáveis.
No que toca às famílias, elas têm tido mais informação, têm tido suportes, assistência , e um poderoso suporte da escola pública. Agora, um ponto relevante: conheço diversas famílias de classe média, onde a educação familiar está a desenvolver um materialismo vulgar que não é de todo positivo para o esforço de aperfeiçoamento moral do ser humano. Tendo educação, tendo um nível de vida óptimo, era de esperar um resultado acrescido ao da pessoa pouco letrada, pelo menos na formação humana, porque têm condições superiores. Mas subsiste na mesma um pobreza que pelo menos já era de ter sido atenuada.
Quanto aos professores, há mentes bondosas, elevadas e com uma capacidade de motivação excelente. Mas também há o lado negativo, infelizmente, e senti bem na pele isso...como muitas pessoas. Era um aluno exemplar, todavia, por falta de estímulo, comecei a desinteressar-me, a desmotivar, a perder rumo...isso também aconteceu em relação à classe dirigente. Desde os meus tenros 7 anos ,pelo menos, seguia atentamente os seus passos, mas nessa altura, havia uma frescura, e uma conjuntura favorável...com a adolescência, com a minha rica experiência social, as coisas alteraram-se...
Conheço pessoas de diversos quadrantes sociais, de diferentes idades, por isso é que desenvolvi os tópicos anteriores. Não tenho assistido nos últimos anos a qualquer progresso significativo, antes um alheamento cada vez maior. Pelo menos, até na faculdade, o meu grupo de convívios é muito restrito, porque não me insiro num meio com as características que necessito para o meu desenvolvimento, acabando por afrouxar em leituras lunáticas até altas horas, dormindo pouco, e meditando em questões até o cérebro arder na mais terrível melancolia.
Para finalizar, o que pretendia, era não uma formulação geral, mas sim com base na experiência da natureza humana, com base nos limites que o povo, ou seja, o conjunto de forças políticas que actua na nossa sociedade, uma forma de liderar uma reforma social... uma coisa bem mais detalhada, da parte das soluções desta candidatura à liderança...ou seja, uma forma de manter a dívida pública, o défice, reduzindo o peso do estado, mas mantendo o estado social e obtendo uma minoração das disparidades sociais e DESENVOLVIMENTO!!!
De Fernanda Valente a 23 de Maio de 2008 às 12:36
Pois é Fidélio, eu até entendo a sua posição. Também já tive a sua idade e devo dizer-lhe que o meu modo de pensar mudou radicalmente desde então, baseado numa coisa muito simples: a experiência de vida.

O seu anterior comentário foi para mim esclarecedor quanto a algumas dúvidas que subsistiam na minha apreciação da sua, digamos, “retórica” no que diz respeito às suas dúvidas, aos seus anseios quanto à verosimilhança de uma metodologia a adoptar no sentido de um evoluir da sociedade como nós todos gostaríamos, com tudo de bom e nada de mau. Mas, digo-lhe uma coisa: essa é uma, senão a única impossibilidade que existe na vida (juntamente com o carácter perene da existência humana) de vir a ocorrer.

Mas, voltando ao assunto que me fez voltar aqui:
Não sei o que é que o Fidélio entende por estado social… Ao longo da vida, a maior parte das pessoas que hoje defende o estado social, nunca se preocupou com o seu futuro nem com o dos seus filhos. Concluíram com dificuldade a escolaridade obrigatória ou beneficiaram de momentos políticos instáveis para conseguir diplomas com um mínimo de conhecimentos, tendo posteriormente acomodado-se, perante a inércia e a indiferença dos centros de decisão governamentais. Com a evolução dos tempos, com a nossa aproximação a outros povos muito mais evoluídos, sentiram que o tapete lhes fugia debaixo dos pés, e exigem hoje do Estado a solução para os seus problemas: ou seja, somos todos nós contribuintes que estamos a sustentar a vivência precária dessas pessoas, para a qual não contribuímos. Excluo desta minha linha de pensamento os actuais jovens que não são os que contribuem para adensar os índices do desemprego - esses são as grandes vítimas do regime político que se instalou em Portugal, a democracia representativa -procurando fora a solução para os seus problemas, não se acomodando.
Portanto, Fidélio, na minha opinião, um Estado liberal é um Estado que tem uma função meramente administrativa e reguladora. Não tem que ser patrão, não tem que ter ao seu serviço “n” funcionários públicos, um sem fim de ministérios, direcções-gerais, órgãos disto, departamentos daquilo, etc. E nós, os contribuintes não deveríamos ser obrigados a suportar a carga fiscal a que estamos sujeitos, porque todo o político que recorre ao aumento dos impostos para manter o tal estado social, é um mau político, é um político acomodado que só pensa em se dar bem, num país em que os políticos estão acima da lei, nunca sendo responsabilizados pelos seus próprios actos enquanto no exercício do poder, (ex: caso Casino na expo, o conluio no abate dos sobreiros, o contrato de arrendamento do restaurante “Eleven”, o caso do sistema de segurança adjudicado a uma empresa com o envolvimento de vários políticos, e outros mais, muitos mais).

Para mim, Pedro Passos Coelho, enquanto candidato a um partido da alternância do poder, é o candidato que mais se ajusta à minha linha de pensamento, e é por isso, que eu tenho colaborado neste blogue como comentadora, apesar de não pertencer a nenhum sindicato de voto.

Dou aqui por terminada a minha colaboração neste post; creia que gostei de trocar ideias consigo, apesar de lamentar que um jovem com a sua idade partilhe de um horizonte tão redutor ao nível das ideias que habitam o domínio do sistema político que dita as regras que fazem mover a nossa sociedade.

De Fidélio a 23 de Maio de 2008 às 20:41
"(...)um jovem com a sua idade partilhe de um horizonte tão redutor ao nível das ideias que habitam o domínio do sistema político que dita as regras que fazem mover a nossa sociedade."

Compreendo o sentido da sua enunciação, entendo as suas ideias, e interpretei a sua concepção de estado, e penso que em termos económicos, partilha de ideias defendidas pela escola monetarista, certo??? Ou então, só alguns pontos, retendo também a lição do Keynesianismo ... Sei que essas duas escolas têm se fundido, e que a esfera de separação não é muito nítida,agora.
Não tenho um horizonte limitado, simplesmente tento pensar com vínculo afectivo e o distanciamento devido as escolas de pensamento, ponderando bem nelas, e não esquecendo o princípio da realidade e a minha experiência da vida... somente isso, tentando descortinar os preconceitos, e reflectindo solidamente nas consequências, a exemplo, de determinadas medidas, sem ter nada como cem por cento certo. Quer dizer, que mesmo que pareça, estou demasiado aberto, não me integrando em nenhuma escola concretamente, e não aceitando pertencer a uma linha só.
Quanto ao que disse, concordo em grande parte com os pontos enunciados. Acho o bem-estar absoluto uma utopia, e mesmo sendo novo, tenho consciência de tudo o que disse, tenho noção de que a experiência de vida imprime alterações na percepção da realidade. Mas tento manter a dúvida como método para me superar sucessivamente. É tão vital como escrever, pensar, me isolar e sair à noite e conviver.
Por fim, tenho a dizer que apreciei a troca de ideias, e que gostaria de contar com a sua visita ao blogue que pretendo criar, depois da época de exames. Se tiver na disponibilidade de contribuir, comentando, daria-me muito prazer, visto ser uma pessoa com uma outra experiência e contacto com o mundo laboral que eu não possuo, só meus colegas. Também já consultei o seu blogue, interessou-me deveras.

Os meus sinceros e cordiais cumprimentos.
De Fernanda Valente a 22 de Maio de 2008 às 01:03
Eu chamaria ao comentário de MFL "o empurrar dos problemas com a barriga", que é os que os sucessivos governos (à excepção do actual) têm vindo a fazer ao longo destes últimos trinta anos. Excepção feita a Cavaco Silva que governou numa conjuntura diferente.
De anapcastro a 23 de Maio de 2008 às 00:59
Engraçado falares do Sr. Cavalo Silva... Esse tal senhor, esse tal primeiro ministro que começou a desgraça que hoje vivemos. Talvez não deves tar lembrada do buraco, desculpa buracão, que ele deixou na nossa economia.

Olha Sr. Fernanda se achas que os deputados que estão no governo importam se com o povinho então esquece porque neste país de praia e turistas, os nossos deputados só querem fazer um ou dois mandatos e o povinho esse não interessa, só na altura do voto.

Agora não sei e sinceramente gostaria que me dizesses com sinceridade porque chamar o PCP a baila!! O Fidelio nao falou de PCP!! aii vocês e a vossa mania das perseguições.

O PSD devia ter VERGONHA!! Mentiram ao país sobre um defice, deixaram Portugal de tanga. O vosso tão querido Santana Lopes em 6 meses fez pior que o Eng. Guterres e o Durão Barroso. Tendo vergonha de ter um PS que tem medidas mais de Direita que o proprio PSD e é por isso que não há Direita em Portugal porque o PS acabou com a Direita. É so necessario olhar. As medidas do governo do Eng. Socrates são de Direita, O tal eng. Socrates acabou com a oposição... Tende Vergonha de admitir. Eu vi ontem o debate da assembleia da republica e ouvir o Sr. Paulo Portas e Sr. Santana Lopes até meteu pena.

Não é o Socrates que é bom, a direita é que é Má!!

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