Uma das razões que levaram a uma fase menos feliz do PSD foi a incapacidade da sua liderança compreender que o país é feito de gente "normal", com as qualidades e defeitos "normais". Ao contrário do que aconteceu historicamente nas autarquias (o Portugal profundo onde há uma natural proximidade entre eleitos e eleitores), a nível nacional criou-se um fosso entre as elites e o povo. É um fenómeno que nada tem de novo e que também se verifica em inúmeras outras situações fora do âmbito partidário:
Acredito que Pedro Passos Coelho tenha percebido isso e que tente agora, sem falsas modéstias mas com consciência de que sozinho ninguém desenvolve o país, congregar os esforços de todos num projecto comum. Portugal não é só elite, excelência, qualidade. Portugal é isso e tudo o resto.
O cidadão normal é capaz do melhor e do pior. Num ambiente saudável, construtivo, colaborativo, ele habitualmente contribui de forma positiva. Ao contrário, quando imerso na agressividade gratuita, na desonestidade, na inveja, ele ajuda a piorar a situação. São relativamente raros os casos de gente que só faz patifarias ou, inversamente, que consegue manter uma postura eticamente inatacável independentemente daquilo que a rodeia. Um bom líder tem por isso de saber criar o ambiente propício a que cada pessoa possa dar o melhor de si, trabalhando com as pessoas reais, com os portugueses que somos.
O próprio líder, contudo, não é isento de limitações e imperfeições. Daí que uma postura de sistemática abertura à participação da sociedade civil seja fundamental para garantir a transparência e a fiabilidade do sistema. Nesse aspecto, Pedro Passos Coelho está no rumo certo. E nós aqui para o ajudar. :-)
AAN
Filipa Martins
João Espinho
Jorge Fonseca Dias
LR
Paulo Gorjão
Rui A.
TAF
Vasco Campilho
Vítor Palmilha
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Impressões de um boticário de província