Domingo, 1 de Junho de 2008

Um novo ciclo

Com estas eleições directas, um novo ciclo se abriu na vida do PSD. Um ciclo, espera-se, que devolva um PSD forte e combativo ao serviço de Portugal.

 

N'O futuro é agora, estamos orgulhosos do papel que a campanha de Pedro Passos Coelho desempenhou no PSD. E estamos também - porque não dizê-lo - orgulhosos do papel que este blog desempenhou no debate de ideias que o PSD lançou na sociedade portuguesa.

 

Este blog acaba aqui. Mas o espírito que aqui se criou perdura. Agradecemos a todos os que nos leram, a todos os que nos linkaram e a todos os que aqui vieram dar o seu contributo na caixa de comentários. Foram vocês que fizeram deste blog o centro do debate sobre as directas no PSD na internet.

 

Até sempre,

 

AAN

Filipa Martins

João Espinho

Jorge Fonseca Dias

LR

Paulo Gorjão

Rui A.

TAF

Vasco Campilho

Vítor Palmilha

publicado por Vasco Campilho às 00:12
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Sábado, 31 de Maio de 2008

A campanha acaba aqui

As urnas abriram. O futuro, agora, é com os militantes do PSD. A campanha acaba aqui.

publicado por O futuro é agora às 10:00
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Sexta-feira, 30 de Maio de 2008

Este é o meu voto

publicado por Vasco Campilho às 23:59
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Este é o meu Partido

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publicado por Vasco Campilho às 23:58
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Razões para escolher

A 24 horas do fecho das urnas que vão decidir o futuro do PSD, deixo-vos as razões que me levam a não hesitar na escolha de Pedro Passos Coelho para líder do Partido.

 

Razões de militância, em primeiro lugar. Enquanto militante do PSD, estou farto do ambiente de guerra civil que marcou os últimos anos. Há duas candidaturas que se comprazem neste ambiente de dissolução do Partido, e tudo fazem para acicatar os ânimos e as rivalidades. Só Pedro Passos Coelho mostrou vontade e capacidade para romper com esse passado, e promover a pacificação das diferentes sensibilidades do PSD em torno de um projecto inclusivo e mobilizador para a sociedade portuguesa.

 

Razões de civismo, em segundo lugar. Após anos de esforço na oposição e no poder local, o PSD não se pode eximir a apresentar uma alternativa genuinamente distinta das políticas do PS. O nosso dever cívico enquanto militantes do PSD é assegurar que, em 2009, os portugueses possam fazer uma escolha clara entre dois projectos políticos alternativos. Só Pedro Passos Coelho apresenta esse projecto político claro, alternativo e ganhador, que constitui a razão de ser do nosso Partido na sociedade portuguesa.

 

Razões de convicção, em terceiro lugar. Porque acredito que Pedro Passos Coelho é neste momento o melhor intérprete da matriz fundacional do PSD, com as suas componentes social-democrata, liberal e personalista. Porque acredito que Portugal precisa de uma injecção de liberdade para poder ultrapassar o marasmo económico e social e que anos de socialismo nos mergulharam. E porque acredito que um PSD renovado e galvanizado por uma liderança de abertura e convicção pode fazer a diferença e conduzir Portugal para um novo ciclo de progresso social e desenvolvimento económico.

 

Por isso escolho a mudança. Para mim, o futuro é agora.

publicado por Vasco Campilho às 16:44
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O voto útil a Portugal

publicado por Filipa Martins às 14:30
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Votar pela positiva

Nas democracias actuais, os eleitores vêm denotando um cepticismo crescente face aos seus representantes, o que explicará, em grande medida, o aumento da abstenção. Isto porque, de uma forma muito racional, o eleitor desconfia de quem se apresenta a sufrágio.

 

As razões são óbvias e prendem-se com a difícil, se não impossível confluência de interesses. Só por mero acaso, os interesses do representante coincidem com os de (alguns) representados. Os candidatos procuram formatar os programas e "empacotar" as inevitáveis promessas que vendem a troco de votos. Supostamente, os eleitores comprarão as promessas ou, na maioria dos casos, o menos mau de vários produtos sucedâneos. Uma vez eleitos, a generalidade dos candidatos "mete na gaveta" a maioria das promessas feitas em campanha e seguirá uma agenda pautada pela quase exclusiva preocupação, quiçá obsessão, de consolidar e aumenter o poder.

 

O eleitor sente isto, embora geralmente não o consiga racionalizar, mas expressa-o através do seu voto, quase sempre de forma negativa, penalizando quem está no poder. Tratando-se de um eleitor liberal, fá-lo de forma muito consciente, pois sabe que, na ausência de uma Constituição limitativa de poderes, a melhor forma de coarctar o poder dos eleitos é mudar periodicamente de protagonistas.

 

Os militantes do PSD que estiverem conscientes da necessidade de uma mudança, tenderão a votar pela negativa, pautando-se pelo critério acima enunciado. Porém, Pedro Passos Coelho assume-se como uma alternativa que se propõe a uma mudança radical de paradigma. A sua proposta de redução do intervencionismo estatal a vários níveis, gera a esperança de reforço da liberdade individual, o valor cimeiro do liberalismo. Tal facto permite, pela primeira vez em muitos anos, ter a possibilidade de votar pela positiva.

 

Será isto garantia de vitória? Sê-lo-á, quanto menor for o peso dos sindicatos de voto . O aumento de potenciais votantes em cerca de 14.000 face às Directas de 2007, poderá indiciar uma maior afluência e um peso reforçado dos "militantes livres". PPC poderá ser o principal beneficiário deste aumento de participação.

 

Mas, se não chegarmos lá agora, ficou irreversivelmente aberto o caminho do futuro. Só por isso, já valeu a pena.

 

Obrigado Pedro e Boa Sorte!

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publicado por LR às 12:09
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Sentimento de urgência e um novo ciclo

Termina amanhã o ciclo eleitoral que se abriu com a demissão de Luís Filipe Menezes. A 18 de Abril Pedro Passos Coelho anunciou publicamente a sua intenção de se candidatar à liderança do PSD. Foi o primeiro candidato a anunciar a sua intenção, recorde-se. A memória é importante: Passos Coelho anunciou a sua candidatura sem estar condicionado por terceiros, sem saber quem seriam os seus adversários e sem saber quem seriam os seus apoios. Importa lembrar isto. Os apoios que agora tanto chocam algumas almas sensíveis só apareceram depois de Passos Coelho estar no terreno a defender as suas propostas e não o contrário.

Nas seis semanas que se seguiram, Pedro Passos Coelho foi coleccionando sucessivos apoios, ao mesmo tempo que foi divulgando com clareza e de forma coerente a sua estratégia para o PSD e para Portugal. Os militantes do PSD têm à sua disposição duas opções. Tal como Passos Coelho entendo que está em causa o momento em que se encerrará um ciclo. O ciclo político pode ser encerrado agora ou mais tarde. Compete aos militantes do PSD decidir quando é que esse ciclo se encerrará. As opções e as escolhas com que se deparam os militantes do PSD não podiam ser mais cristalinas. Uma vitória de Manuela Ferreira Leite prolonga por mais algum tempo a agonia. Adia o fim de um ciclo, mas não o evita. Uma vitória de Passos Coelho abre de imediato as portas para um novo ciclo.

Os dados estão lançados.

publicado por Paulo Gorjão às 02:45
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Uma pessoa...

S. João, Porto, 2007

 

... um voto.

 

É o que interessa. Os argumentos são conhecidos, resta esperar com calma pela decisão dos militantes. Qualquer que ela seja, no dia seguinte cá estarei para ajudar como puder e souber.

 

Entretanto, para quem eventualmente esteja com insónias indeciso em quem votar, fica uma lista de apontadores para alguns dos meus textos aqui publicados. Espero que ajudem a decidir, mas em qualquer caso contribuirão para que o sono venha depressa. :-)

Tiago Azevedo Fernandes

publicado por TAF às 00:39
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interesse comum

 

Se alguma coisa evidenciou esta disputa eleitoral foi que o PSD necessita urgentemente de uma solução que não divida mais o partido e, principalmente, que consiga não excluir nenhuma das facções que o compõem. Demonstrou, também, que a conflitualidade entre o «partido das elites» e o «partido das bases» chegou a um extremo que impedirá, no curto prazo, que qualquer uma das partes possa governar o partido com o apoio da outra. Manuela Ferreira Leite reconhece que não vota num partido chefiado por Santana, e Santana vai dizendo que no «seu» partido não haverá lugar para quem não o aceite, e recorda à dra. Ferreira Leite as expulsões de Cavaco (v.g. Carlos Macedo). Até por esta razão elementar, a do partido não se fraccionar definitivamente em dois, é fundamental que Pedro Passos Coelho ganhe a eleição do dia 31. Ele é o único em condições de fazer pontes entre ambos os lados e de impedir a continuação de uma luta fratricida que há muito destrói o PSD. Até para aqueles que disputam consigo a eleição, é importante que Pedro Passos Coelho a ganhe.

 

RA

publicado por catalaxianet às 00:29
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Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

Não vem nas sondagens...

...mas qualquer militante com 2 dedos de testa percebe isto. Votar em quem se envolve em guerras destas é votar na fragmentação e na destruição do PSD. Se outra razão não houvesse, esta chegaria para eleger Pedro Passos Coelho no sábado por margem esmagadora.

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publicado por Vasco Campilho às 23:49
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A propósito do peso das sondagens na vida do PSD...

...faço minhas as palavras de Pedro Magalhães:

 

"É fascinante, e também algo deprimente. E note-se: dá à comunicação social - para já não falar dos institutos de sondagens - um poder sobre a vida do partido que, enfim, é capaz de ir um bocado para além do saudável."

 

Mas, claro está, credibilidade é achar que os militantes apenas servem para ratificar sondagens.

publicado por Vasco Campilho às 23:20
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Sábado vamos a votos!

No PSD, pois claro.

Directas para 70 e tal mil militantes. Os outros 40, 50, 60 mil (?) não pagam as quotas não têm direito a voto. Continuarão a ser militantes, com cartão, mas não se sabe bem para quê. Talvez à espera de uma daquelas migalhas que o poder costuma distribuir pelos seus amigos.
Adiante.
A campanha está a chegar ao fim. Diz-se que começou a aquecer e que amanhã terá uma série de cerejas (leia-se “ataques”) para que, na ocasião de exercer o seu direito, nenhum dos militantes-pagantes tenha dúvidas na escolha que vai fazer.
Eu fiz a minha, é pública e tenho consciência do timing em que o fiz.
Ainda muitos andavam a correr atrás do Presidente da Câmara do Porto, enquanto outros fugiam dele a sete pés, o que resultou na candidatura de Manuela Ferreira Leite, ainda num tempo em que alguns esperavam ventos fortes da Madeira, enquanto outros entoavam hinos ao regresso do menino guerreiro, e eu, como sempre, sem olhar para o lado (e muito menos para trás), fiz a minha escolha.
Depois do debate de ontem, e de tudo o que tenho lido nesta campanha interna, reforcei a certeza de ter feito a melhor escolha. Por me parecer a melhor para o PSD e para o país.
Sábado lá estarei a votar em Pedro Passos Coelho, a quem desejo a melhor sorte no cumprimento daquilo a que se propõe e com uma equipa onde a qualidade se sobreponha ao caciquismo.

João Espinho

 

 

foto: joão espinho

publicado por jota ce às 19:00
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Quem ganhou o debate?

Uma parte importante -- para não dizer a maioria -- das leituras que se fazem do debate de ontem (e dos debates, em geral) cai no erro de olhar para o que se passou apenas em termos absolutos. Dito de outra forma, as leituras limitam-se a avaliar quem ganhou o debate olhando exclusivamente para o desempenho comparativo dos candidatos naqueles 45 minutos, ignorando o seu efeito substantivo no quadro mais vasto da campanha. Por outras palavras, olha-se para um debate como se um jogo apenas definisse a classificação final num campeonato.

Ora, para saber quem ganhou o debate de ontem, deve olhar-se para o que se passou em termos absolutos, mas também relativos. Ganhar uma batalha não significa ganhar a guerra. É por isso que mais do que ganhar debates em termos absolutos, o importante é perceber se os debates influenciaram o curso dos acontecimentos. De certa forma, no próximo sábado saberemos quem verdadeiramente ganhou os debates.

.

[Adenda]

Este texto está meio embrulhado e não tenho a certeza de ter transmitido aquilo que verdadeiramente queria salientar. Ou seja, o que quero dizer é que nós temos uma determinada percepção sobre quem «esteve melhor ou pior» nos debates, mas «ganhar ou perder» é diferente. Um exemplo. Pedro Santana Lopes ontem esteve bem no debate. Mas com isso conseguiu ganhar votos ou credibilidade? Assumindo que não, terá PSL ganho o debate, ou ganharam MFL e PPC que mantiveram a (percepção de que estão na) dianteira?

publicado por Paulo Gorjão às 14:25
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O debate da SIC na blogosfera

Passos venceu, por FT.

Passos Coelho ao contrário do primeiro debate foi afirmativo, distintivo e pouco reactivo. Por tudo isso, venceu.

 

Vencedor e meio, por David Dinis.

Passos Coelho não se meteu na guerra de capelinhas do PSD e ganhou.

 

Pedro Passos Coelho, por Paulo Querido.

Antes de ler seja quem for, para ter uma opinião directa, não influenciada: Pedro Passos Coelho mostrou-se claramente acima dos competidores na corrida das directas do PSD. (...) Quando Passos Coelho fala consegue captar a atenção. A sua voz é escutada (pelos outros candidatos). Apresenta um discurso fresco, tem duas ou três teclas bastante boas (realistas), consegue doseá-las (Santana Lopes, por exemplo, não consegue, mistura tudo).


Notas sobre o debate do PSD, por Carmex.

Pedro Passos Coelho tem as ideias mais coerentes e é quem as apresenta melhor. (...) Graças a estas directas do PSD, está a ser discutida e apoiada a necessidade de descer impostos em Portugal, bem como assuntos como a flexibilização da legislação laboral, a possibilidade de escolha de instituições de saúde e educação e a porção das actividades económicas arrebatadas pelo Estado aos privados. Neste país de carneiradas guterristas, já é muito bom sintoma que isto se discuta. E o mérito vai inteiro para PPC.

 

O debate laranja, por CMC.

Viu-se um Passos Coelho muito forte na parte inicial, dirigindo-se, como a circunstância lhe exigia, a Ferreira Leite, com quem quis marcar um terreno de que a decisão se trava entre os dois. E conseguiu levar a melhor do que a ex-governante, pois soube mostrar e separar as águas dos dois candidatos.

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publicado por O futuro é agora às 11:56
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O valor da experiência

MFL teve dois momentos particularmente infelizes no debate.

 

Um foi quando se mostrou incapaz de explicar em que consistia a "matriz social democrata" que tão insistentemente vem afirmando defender. Para uma pessoa "experiente" e "credível", isso deveria ser bastante fácil. Parece que não.

 

Outro foi quando discordou da emissão de dívida pública para o Estado saldar as suas contas com os fornecedores. Disse ela que não era recomendável substituir uma dívida por outra dívida. Nesses termos, esta é uma afirmação tecnicamente errada (é evidente que há muitos casos virtuosos de restruturação da dívida, como ela bem sabe, seguramente foi um lapso momentâneo). Mas a questão é outra. É que, quando se emite a dívida, quem empresta dinheiro ao Estado fá-lo voluntariamente, ao contrário dos fornecedores! MFL prova assim a sua experiência nos velhos hábitos do Estado: fornecedores aflitos são apenas números na coluna das dívidas. Grandes preocupações sociais!

publicado por TAF às 05:40
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Um vencedor claro

Que dizer deste debate? O descalabro de Manuela Ferreira Leite já o abordei aqui e aqui. Patinha Antão mostrou que existia. Santana Lopes mostrou que não desistia. Pedro Passos Coelho foi o claro vencedor.

 

Vamos então por partes. Patinha Antão teve uma campanha apagada, à falta de apoios consolidados no Partido. Tinha começado mal no Prós e Contras em fins de Abril, onde as insistentes menções ao seu grau de doutorado roçaram a gabarolice. Redimiu-se neste debate, fazendo propostas claras nos seus temas de predilecção, e defendendo o grupo parlamentar do menosprezo de Ferreira Leite e da apropriação de Santana Lopes. Uma atitude que os militantes apreciam.

 

Santana Lopes esteve quiçá um pouco mais apagado do que no primeiro debate. Mas no essencial, foi igual a si próprio: combativo, enérgico, volteante, inconsequente. Faz-me lembrar Sá-Carneiro (Mário, não Francisco):

 

Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

 

Pedro Passos Coelho, finalmente. Mostrou a assertividade que se esperava dele, sem se deixar enredar em querelas. Liberto da simpatia que alguns tomaram por reverência, soube ser afirmativo e seguro nas suas propostas e soube ser conciso na expressão das suas ideias. Soube sobretudo separar as águas, e deixar bem vincada na mente dos espectadores a diferença entre a sua candidatura e todas as restantes. Foi um claro vencedor do único debate conduzido com lisura e isenção nestas directas. Merece ganhar a eleição do proximo sábado.

publicado por Vasco Campilho às 03:13
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Perplexidades (epílogo)

Só Deus sabe - e os leitores deste blog adivinham - o quanto eu considero a candidatura de Manuela Ferreira Leite à presidência do PSD um lamentável equívoco. Um equívoco para ela, um equívoco para o PSD, e um equívoco para o País.

 

Devo dizer que nada me move contra a candidata. Aliás, há pouco mais de um ano - alguns leitores deste blog estarão recordados - numa sessão organizada pelas secções E, H e Oriental de Lisboa em que Manuela Ferreira Leite era a oradora convidada, fui eu o primeiro militante a levantar-me e a falar, para apelar à sua candidatura à Câmara de Lisboa. Fui o primeiro de muitos que lhe lançaram esse apelo. E se as circunstâncias se repetissem hoje, voltaria a ser o primeiro, por considerar que o seu perfil se ajustava às necessidades da função e às expectativas do eleitorado.

 

Mas nunca me passaria pela cabeça apoiar Manuela Ferreira Leite para líder do PSD e candidata a Primeiro-Ministro. Desde logo porque o seu perfil não se ajusta às necessidades do cargo nem às expectativas do eleitorado. Mas sobretudo porque ela simplesmente não tem o estofo de que são feitos os líderes e os Primeiros-Ministros. Falta-lhe o horizonte, falta-lhe a abrangência intelectual, falta-lhe o projecto de futuro.

 

Isto não quer dizer que Manuela Ferreira Leite não seja uma militante estimável, que já deu muito e que muito ainda poderá contribuir para o PSD. Com certeza que é. Justamente por isso, o que me deixa perplexo é como é que ela se deixou empurrar para esta embrulhada...

publicado por Vasco Campilho às 02:45
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Perplexidades (2)

Sobre o pagamento das dívidas a fornecedores do Estado, Manuela Ferreira Leite tem esta tirada fantástica: devem-se pagar, mas para isso não é preciso emitir dívida publica, basta inscrevê-las no Orçamento de Estado.

 

Ficamos assim a saber que:

a) MFL acredita nas virtudes mágicas da inscrição orçamental. Inscreve-se a despesa, e o dinheiro aparece;

b) MFL quer atirar o pagamento das dívidas que estão já atrasadas neste momento para o próximo ano. Afinal, o Estado é pessoa de bem por definição, logo não precisa de se comportar como tal, não é verdade?

c) Para MFL, uma proposta que se defende quando vem do PS - António Costa e o seu empréstimo da CML - já não é válida quando provém de um candidato à liderança do PSD.

 

Esclarecedor... não?

publicado por Vasco Campilho às 02:30
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Perplexidades

Ouvi muito dizer, nos últimos dias, que propor a baixa de um imposto sem dizer onde se compensa no aumento da receita é demagógico. As coisas são naturalmente um pouco mais complexas. Mas quem defende tal posição convirá certamente que, a fortiori, propor o aumento da despesa sem dizer onde se compensa no aumento da receita é igualmente demagógico.

 

Quererá isto dizer que Manuela Ferreira Leite foi demagógica quando disse que o problema dos combustíveis não devia ser abordado do lado fiscal, mas sim pelo lado da despesa, sem especificar como financiaria os apoios que propõe?

publicado por Vasco Campilho às 02:16
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Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

O Debate, passo a passo

1. Pedro Passos Coelho ficou, de novo, sentado ao lado de Manuela Ferreira Leite. Não houve sondagem a abrir.

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2. PPC começa logo na primeira resposta por expressar divergência em relação a MFL e a colar MFL a Sócrates.

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3. MFL sente a necessidade de se defender...

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4. PPC, segunda intervenção: cola de novo MFL ao Governo. MFL, de novo, reage defensivamente...

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5. MFL é alvo de fogo cruzado. Sinal de que os seus adversários a consideram o alvo a abater. MFL, até ao momento, só reagiu a PPC. Sinal que reconhece quem é o seu verdadeiro adversário.

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6. Patinha Antão engasgou MFL com as supostas preocupações sociais. PSL segue a mesma linha...

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7. MFL não sabe responder o que é a matriz social democrata.

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8. O debate, desta vez, não correu bem a MFL. Em sentido contrário, correu melhor a PPC. Isto dito, tal como no primeiro debate, não me parece que será em função do debate que os militantes decidirão a sua orientação de voto.

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9. Desta vez Vasco Pulido Valente não legitimou circo.

publicado por Paulo Gorjão às 20:57
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Isto vai dar que falar...

Passou há pouco na SIC: Rui Rio deixa escapar algo como "um dia destes vou ter que ser eu a apagar os fogos no PSD"...

 

Afinal sempre tinha alguma razão quem dizia que Manuela Ferreira Leite era apenas uma solução transitória até perder com Sócrates em 2009, para depois Rui Rio assumir as suas ambições e candidatar-se a líder do PSD.

 

Pedro Passos Coelho está longe destas tricas, tem condições para ganhar em 2009, e é um valor duradouro. Cumpre integralmente as minhas "especificações". Por que é que eu iria apoiar uma solução menos adequada e, confirma-se agora, mais instável e mais incerta?

publicado por TAF às 20:36
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Campanha II

publicado por Afonso Azevedo Neves às 17:05
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Campanha

publicado por Afonso Azevedo Neves às 16:23
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Ontem, junto ao Tejo

 

 

 

 

 

Os jovens estão cada vez mais afastados de estruturas hierárquicas, garantiu esta terça-feira, junto ao Tejo, Pedro Magalhães, politólogo e responsável pelo estudo "Jovens e Política”. O professor aceitou o convite da candidatura de Pedro Passos Coelho e de uma forma descontraída interagiu com jovens de dentro e fora do PSD e partilhou as conclusões do estudo que há pouco tempo levou Cavaco Silva a alertar para a falta de interesse dos jovens pela política. Com cada vez mais formação, os jovens sentem que uma estrutura onde a comunicação é quase feita de forma unidireccional e onde têm de respeitar as decisões de um líder não faz sentido. Isto não significa porém que os jovens não sejam activos socialmente, multiplicando-se a entrada em associações. Privilegiam o referendo e são extremamente activos quando o assunto é do seu interesse. Revelam também que apenas uma vez por semana assistem a um noticiário político.  

 
Por este motivo e também noutras áreas, é fundamental que os partidos políticos criem gabinetes de estudo para contactarem com as diferentes dimensões da sociedade. Uma trabalho aprofundado que não se perca a cada mudança de liderança. Não estou familiarizada com as estruturas internas dos partidos, mas julgo que seria uma ambição benéfica criar uma espécie de universidade dentro da estrutura partidária. Qualquer partido, principalmente os que mais eleitores reúnem, têm de estar sempre preparados para governar e não se devem limitar a uma reacção episódica ao momento.
 
Outra conclusão interessante do encontro de ontem prende-se com o facto de a candidatura de PPC ser objectivamente a personificação da mudança. As outras candidaturas têm como argumento “vamos fazer o mesmo que o PS, mas melhor”, já PPC pretende fazer diferente, representando uma alternativa ao Governo e não apenas uma avaliação de capacidades. PPC tem outra visão das funções do Estado e do funcionamento da economia, as outras candidaturas primam por ser uma continuação do que já está a ser feito. Acontece que o discurso do “vamos fazer que o PS, mas melhor” trouxe o PSD até ao ponto onde se encontra neste momento. E a pergunta que se deve fazer é: o PSD vai mudar ou ficar na mesma?
publicado por Filipa Martins às 14:50
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O apoio de Manuela Aguiar

N'O Primeiro de Janeiro, por sugestão de uma visitante do blog.

 

«Conheci-o, mais de perto, e passei a considerá-lo o meu candidato para futuro líder do partido e do governo nos anos 90. Pertencíamos, então, à comissão politica do Prof. Cavaco Silva, ele por inerência, como presidente da JSD.

   (...)

O presidente da JSD foi para mim uma revelação. Era inteligente, integro e sereno – três qualidades que, entre nós, raramente coincidem na mesma pessoa. Tinha ideias claras. Expunha-as bem e com frontalidade, como bom transmontano que é. Nunca o vi contradizer-se, ou enveredar por manobras e “tacticismos” tão do agrado da nossa “classe politica”. Tornou-se a voz que eu mais gostava de ouvir numa Comissão Politica cheia de personalidades de primeiro plano. Já então me parecia o melhor de todos. Opinião que mantenho.»

publicado por TAF às 14:06
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O apoio de Manuel Falcão

Manuel Falcão explica, na sua coluna no Meia Hora de hoje, porque é que as directas do PSD interessam a todos. E porque espera que os militantes social-democratas elejam Pedro Passos Coelho para presidente do Partido:

 

Acho que a escolha de Pedro Passos Coelho é a que melhor pode contribuir para que o PSD tenha um papel activo e dinâmico na renovação do sistema político e partidário e para que possa contribuir para tirar o país do impasse onde nos encontramos. Na realidade Pedro Passos Coelho é o único que traça um caminho diferente e essa é a sua grande vantagem. E esse caminho, outra vantagem, não passa pelo Bloco Central.

 

Ler o resto aqui.

 

publicado por O futuro é agora às 11:48
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Apertar o cerco

A gestão tecnocrática do empobrecimento está a criar um descontentamento profundo em todos os sectores da sociedade portuguesa. Esse descontentamento já encontrou o seu exutório partidário à esquerda, através do reforço eleitoral do PCP e do Bloco. Os avisos e as movimentações de Soares e Alegre ilustram bem a preocupação dos socialistas face ao avanço da esquerda não-democrática que historicamente sempre lhes coube travar.

 

Mas para montar o cerco a esta política e derrotar Sócrates, precisamos de abrir uma nova frente de batalha no centro do espectro partidário. É isso que o PSD decide no Sábado: vamos apertar o cerco a Sócrates, obrigando-o a combater em duas frentes? ou vamos deixar o combate à esquerda não-democrática, solidarizando-nos por defeito com o PS?

 

A escolha de Manuela Ferreira Leite corporiza esta última opção estratégica. Não que a nossa companheira não tenha as melhores intenções: de boas intenções está a sua moção cheia. Mas como se comprovou nos últimos dias, na hora H Manuela Ferreira Leite opta sempre por se colocar do lado do Governo.

 

Quem quiser acabar com o ciclo de poder socialista em 2009 só tem um voto possível: Pedro Passos Coelho.

publicado por Vasco Campilho às 10:24
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Revista de blogs (7)

Sandwich, por David Dinis.

Uma proposta social, por João Miranda.

O último líder do PSD, por Rui Ramos.

Liberalismo, por João Paulo Craveiro.

Deitar gasolina para o fogo, por Paulo Pinto Mascarenhas.

Ferreira Leite diz que é candidata à liderança do PSD com sacrificio, por Miguel Goulão.

o Professor perdeu a calma, por Pedro Marques Lopes.

Populistas!!!!, por Ricardo G. Francisco.

A bomba mais próxima, por JM Ferreira de Almeida.

A verdade revelada, por Pedro Marques Lopes.

Plano Estratégico MFL, por Ricardo G. Francisco.

A verdade, só a verdade, por Eduardo Pitta.

Assim é que é!, por João Villalobos.

Verdade Revelada II, por Pedro Marques Lopes.

Mais um populista?, por Paulo Pinto Mascarenhas.

Eleições no PSD: porque apoio Pedro Passos Coelho, por Miguel Frasquilho.

Afinal... por Nuno Roldão Mendes.

 

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publicado por O futuro é agora às 00:15
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Terça-feira, 27 de Maio de 2008

Dar resposta

Na recta final da campanha para as eleições directas no PSD, Manuela Ferreira Leite disse segunda-feira à noite, em Guimarães, que é preciso parar de discutir os problemas do partido e começar a dar resposta às questões que preocupam Portugal.

 

Deve ser para responder às preocupações de Portugal que na sua moção longamente maturada, Manuela Ferreira Leite arrisca que "devemos equacionar, nos diferentes sectores, a importância relativa dos sectores público e privado." Avançando até que "o Estado não pode, nem deve, estar em todo o lado."

 

Como medida concreta de cariz social, faz votos para que "o direito a uma habitação condigna se concretize". E vai ao detalhe de "adoptar medidas imediatas, orientadas pela preocupação de minorar as dificuldades que afectam os mais pobres e aqueles que se encontram privados de emprego."

 

Para o caso de subsistirem questões que preocupam Portugal, Manuela Ferreira Leite compromete-se a "apresentar um modelo alternativo de desenvolvimento." Não um qualquer modelo alternativo de desenvolvimento, evidentemente: este terá que ser um modelo "que valorize e explore as vantagens comparativas que podemos apresentar."

 

Realmente, com respostas destas às suas preocupações, Portugal bem pode dormir descansado. Agora, os portugueses...

publicado por Vasco Campilho às 23:02
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Verbatim (2)

Impostos

 

Não pode haver sinal de maior desconfiança em relação aos privados do que pô-los a pagar o excesso de despesa que o Estado não consegue diminuir.

 

Poderemos chegar ao paradigma absurdo de ter finanças públicas saudáveis e não ter economia.

 

Do que Portugal precisa é de uma programação fiscal que não pode ser vista ano a ano, mas no quadro de uma ou duas legislaturas.

 

Temos de mostrar, com toda a transparência, qual é a trajectória que esperamos para esse alívio fiscal. E ele está ligado a uma trajectória programada de redução da despesa pública.

 

Administração Pública

 

Temos que (...) conseguir definir bem qual o papel do Estado para saber, depois, qual o quadro de recursos humanos que precisamos de colocar ao serviço dessas políticas.

 

Há que procurar distinguir o que deve ser um serviço garantido e produzido pelo Estado daquele que deve ser garantido pelo Estado mas produzido por uma oferta privada.

 

A chamada rescisão amigável (...) tem um custo mas é um custo que depois é diluído ao longo do período. Esse, sim, é um choque favorável que permite fazer uma convergência de médio e longo prazo para um caminho de sustentabilidade das contas públicas.

 

Emprego

 

Tornar a contratação do lado das empresas mais ágil e mais barata pode ser uma forma de termos mais pessoas a descontar e mais pessoas a fazer descontos para a Segurança Social.

 

Apesar de tudo, em tempos de crise prefiro que as pessoas tenham uma oportunidade de trabalho mais precário do que não tenham nenhuma.

 

Defendo uma maior flexibilidade ao nível do ajustamento aos horários laborais, da mobilidade espacial, da reconversão e adaptabilidade no posto de trabalho.

publicado por O futuro é agora às 22:32
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O apoio de Miguel Frasquilho

Dentro da veia de proselitismo que tão bem caracteriza este blog, deixamos aqui conta das motivações de mais um apoio de peso vindo do aparelho profundo:

 

Em minha opinião, o discurso que Pedro Passos Coelho tem proferido e as ideias que tem lançado colocam-no, de entre os candidatos à liderança do PSD, na melhor posição para materializar esta mudança, apresentar um projecto de governação alternativo ao que o Engenheiro Sócrates tem corporizado e, dessa forma, poder aspirar a ser Primeiro-Ministro em 2009. Um projecto mais liberal na economia, que permitirá uma maior ambição no domínio social. E é por acreditar que este será o melhor caminho para o nosso País que, de forma convicta, lhe manifesto o meu apoio.

 

Miguel Frasquilho no 24horas, 23 de Maio. Ler o resto aqui.

publicado por O futuro é agora às 21:03
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A não perder

Pedro Passos Coelho em entrevista ao Jornal de Negócios.

publicado por O futuro é agora às 15:54
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O que é que eu quero

Algures em Lisboa

 

1) Quero eleger alguém que me dê voz, que me represente. Não preciso de quem me explique depois o que é bom para mim.

 

2) Quero que o novo líder do PSD traga vida nova ao partido. Que cative novos militantes e eleitores. Que crie um ambiente propício à colaboração entre eles e os militantes mais antigos, à produção de Política.

 

3) Quero que o novo Primeiro-Ministro perceba que é muito limitada a capacidade do Governo, só por si, mudar o país. Que o seu papel é o de "alavancar", potenciar, a acção da iniciativa privada.

 

4) Quero que o Estado diminua o âmbito da sua intervenção e os impostos que me suga, executando com competência as suas funções de regulador, de promotor da coesão social, de garante do cumprimento das regras da vida em sociedade.

 

5) Quero ter uma solução duradoura para o PSD e para a chefia do Governo.

 

6) Quero que o PSD se apresente ao país com uma proposta claramente virada para o futuro, que suscite e reforce a ambição dos portugueses, que ajude a transformar as capacidades em  progresso.

 

Pensando bem, a escolha é simples. :-)

publicado por TAF às 11:53
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A política precisa de jovens

Fui militante do PSD há muitos anos. Depois passei a simpatizante e depois desisti. Eu que considero que a politica é algo de que temos obrigação de nunca nos alhearmos.

 

Independentemente do que possamos pensar sobre a classe política, que muitas vezes não se dá ao respeito deixando-nos espantados com as guerrilhas e conversas sem substância em vez da apresentação de verdadeiros projectos para o futuro dos nossos filhos e netos, também a comunicação social passou para a tratar, com honrosas excepções, os políticos como meros figurantes dos supostos jet-set, perdendo-se em ridicularias em vez de investigação séria.

 

Não me dou bem com disciplinas partidárias, e quanto mais avanço na vida mais difícil é aceitar um mundo dividido por siglas partidárias, com os bons de um lado e os maus do outro. Ao longo dos anos, criei amizades em todos os partidos. O que me parece totalmente normal. Gosto de alguém pelo ser humano que é, pela rectidão de carácter, pela abertura de espírito. Acredito na necessidade da sociedade civil intervir, discutir e participar cada vez mais nos assuntos e decisões que tocam a vida de todos nós, porque esse é um dos pilares da democracia.

 

E para alguém que viveu no Portugal anterior à Revolução, que sentiu na pele o que é ser tratada como uma cidadã de segunda, sem os direitos mais básicos, é fácil não esquecer a importância de sermos livres de discordar, livres de falar abertamente.

 

Sou amiga de Pedro Passos Coelho há mais de vinte anos. E não concordei muitas vezes com as suas posições no PSD. Depois, como muitos portugueses, afastei-me mas nunca abdiquei das minhas opiniões, fossem elas secundadas pelo PS, pelo Bloco de Esquerda, e, infelizmente, raramente pelo PSD.

 

A democracia, para ser verdadeiramente forte de forma a poder enfrentar as crises económicas e sociais, para poder preparar o futuro, necessita, para além de um governo sério, de um oposição forte, e simultaneamente consciente das suas responsabilidades. Pedro Passos Coelho veio trazer à ribalta, nestas directas do PSD, temas tão politicamente incorrectos como o casamento homossexual, a liberalização das drogas, a cruel realidade do futuro do serviço nacional de saúde. Não tenho quaisquer dúvidas em dizer que Pedro Passos Coelho representa o futuro. Um futuro onde os jovens voltem a interessar-se pela política, e onde seja possível uma discussão de ideias e não de trivialidades.

 

Não é a minha amizade de longa data que me leva a escrever este texto. Enquanto cidadã, mãe e avó, espero que ele ganhe as eleições no PSD para depois poder-lhe exigir o cumprimento dos seus princípios.

 

Luísa Castel-Branco, in Destak 27.05. Também disponível aqui.

publicado por O futuro é agora às 10:27
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2008

Cheque em branco (epílogo)

No debate entre representantes das candidaturas organizado pelo blogue Psicolaranja, Nuno Morais Sarmento atacou com virulência os valores da candidatura de Pedro Passos Coelho, afirmando, e cito de cor, que se tratava de vacuidades que qualquer pessoa subscreveria. Claro que Morais Sarmento também teve de responder à questão: mas então onde estão as ideias da sua candidata, sr. doutor? De cor o cito de novo: esperem que a moção sai amanhã! Aí se conhecerão as ideias de Manuela Ferreira Leite para o País...

 

Esperámos. E lemos. A questão permanece: mas então onde estão as ideias da sua candidata, sr. doutor?

publicado por Vasco Campilho às 20:27
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Cheque em branco (5)

O mais concreto que encontrei na moção de MFL sobre o incentivo à criação de riqueza foi isto:


para que o PSD convença de novo os Portugueses a devolverem-lhe as responsabilidades de governação do País, é necessário apresentar um modelo alternativo de desenvolvimento. Essa é a tarefa principal que a nós próprios nos devemos impor. Um modelo que identifique os constrangimentos que nos afectam. Um modelo que valorize e explore as vantagens comparativas que podemos apresentar. Um modelo de orientação reformista, de que o PSD é o único verdadeiro intérprete, constitui o modo adequado para, com determinação e sem rupturas sociais, levar a cabo as mudanças que se impõem.

publicado por Vasco Campilho às 19:42
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os liberais e pedro passos coelho

A agitação causada por algumas declarações de Pedro Passos Coelho sobre os preços do petróleo, onde sugeria a descida do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), originou um coro de vozes desagradadas com candidato e questionadoras do seu liberalismo, desde Pedro Santana Lopes, até alguns dos seus apoiantes, entre eles o meu caro amigo Luís Rocha, ele próprio um dos subscritores deste blogue. Pelo que disse um e dizem os outros, parecem-me excessivas as críticas, e completamente desenquadradas do que pode e deve ser a missão de Pedro Passos Coelho como candidato a líder do PSD e eventual presidente desse partido e futuro primeiro-ministro de Portugal. Em seguida tentarei explicar a minha opinião.

 

Em primeiro lugar, nunca os liberais devem ter a ilusão de que possam vir a criar, ou a manter, partidos liberais, cuja existência é, a meu ver, muitíssimo duvidosa. Escrevi, nos últimos anos, vários textos sobre o assunto, e, no essencial, argumento que o liberalismo não é um programa de governo, menos ainda um programa partidário, mas uma pedagogia política de limitação da acção governativa, que deve vir de baixo – da sociedade e dos cidadãos -, para cima – o governo e os governantes.

 

Nessa perspectiva, a função útil do pensamento liberal sobre os partidos políticos e os governantes é a de os sensibilizar para as vantagens que podem colher – o país, o governo e eles próprios enquanto dirigentes políticos (vd. o que os liberais da Public Choice dizem sobre os políticos) – em defenderem um governo limitado, uma sociedade civil forte e o abandono de certas funções tradicionalmente desempenhadas pelo Estado, em favor da sua devolução à sociedade civil. Acreditar num partido e num governo que desenvolva um programa liberal conforme a ortodoxia, por exemplo, austríaca, é uma ilusão e uma utopia. Sem interesse, por inexequível, e perigosa, por poder lançar os teóricos do liberalismo num completo abandono da prática e da acção política. Neste caso o liberalismo não serviria para coisa alguma, a não ser para umas animadas conversas de café.

 

Nesta perspectiva, ainda, há que ter presente que o PSD não é, e se calhar nunca foi, um partido imbuído do espírito do liberalismo. Pelo contrário, até Pedro Passos Coelho aparecer nesta corrida, todos os líderes anteriores faziam questão de se demarcarem do «liberalismo desumano» e do «capitalismo sem alma». Pedro Passos Coelho parece ter acabado com isso. Por mim, só tenho que lhe agradecer.

 

Em segundo lugar, o que seria legítimo esperar de Pedro Passos Coelho, enquanto candidato a líder do PSD que se afirma liberal, é que ele mantenha publicamente essa convicção, que traga para o discurso da sua candidatura e do seu partido os valores do liberalismo, a saber, menos Estado, mais iniciativa privada, reforma profunda das funções do governo, aumento das privatizações, transparência do sector público, reforma profunda da administração pública, etc..

 

Em abono da verdade, não ouvi, até agora, nada dito por Pedro Passos Coelho que defraude as expectativas que acima enunciei e que ponha em causa os valores que referi no parágrafo anterior. É certo que ainda me falta ouvir muita coisa e acredito que, mais tarde ou mais cedo, quer ganhe quer perca as eleições do dia 31, Pedro Passos Coelho as venha a anunciar. Por exemplo, gostaria de o ouvir melhor sobre a hipótese de uma regionalização política do país, do tipo de governo que chefiaria (a que já aludi em post anterior), das funções governativas que retiraria ao Estado, do calendário de privatizações a que procederia, dos impostos que reduziria, de reforço da subsidiariedade, etc.. Mas há que convir que esta corrida começou há pouco tempo e que não se pode esperar que num mês um candidato a líder do maior partido da oposição faça o que ninguém fez no PSD durante trinta e quatro anos. Em conclusão, para mim, como liberal completamente alheado da vida do PSD (partido a que, de resto, não pertenço sequer), Pedro Passos Coelho não só merece confiança pelo que tem feito até agora, como é merecedor de aplauso.

RA

publicado por catalaxianet às 18:56
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Cheque em branco (4)

O mais concreto que encontrei na moção de MFL sobre a defesa dos mais fracos e vulneráveis foi isto:


Não ignoramos, evidentemente, que a resolução estrutural desses problemas depende do crescimento da economia portuguesa. Mas constitui para nós um imperativo ético de solidariedade adoptar medidas imediatas, orientadas pela preocupação de minorar as dificuldades que afectam os mais pobres e aqueles que se encontram privados de emprego. Essa é para nós, insista-se, uma prioridade central.

publicado por Vasco Campilho às 18:41
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A encruzilhada ideológica do PSD

«Pedro Passos Coelho representa a ala liberal do partido. Ele mesmo o afirma, embora de uma forma algo tímida, com medo de afastar os apoiantes ainda fiéis à pseudo social-democracia histórica do PSD. Passos Coelho é muito mais liberal do que Ferreira Leite em termos de costumes. Votou a favor da despenalização do aborto e considera razoável a mudança da lei do divórcio. Mas Passos Coelho também é liberal em termos económicos e sociais. É favorável a mais privatizações e a um Estado claramente mais pequeno. Quanto às funções sociais do Estado, embora não as rejeite, é a favor da contratualização com privados de serviços que costumam ser directamente providenciados pelo próprio Estado.

A diferença ideológica entre estes dois candidatos é pois razoavelmente clara e tem também potencialidades para captar bases de apoio não inteiramente coincidentes.

(...)

Ferreira Leite pode unir em função do passado e da memória do cavaquismo, a qual está indissociavelmente ligada. Passos Coelho pode unir em função do futuro e da promessa de um tempo novo.»

João Cardoso Rosas (DE, 26.5.2008: 46-7).

publicado por Paulo Gorjão às 18:20
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